sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

AZENHA E RODRIGO VIANNA SOFREM ATAQUE

Os blogs O Escrevinhador e Vi o Mundo estão fora do ar.
Segundo Rodrigo Vianna, o provedor Hostnet, do Rio de Janeiro, que abriga os dois blogs, está sofrendo um violento ataque de crackers. Não há suspeitos, por enquanto. . ATUALIZAÇÃO (às 22:00h) - Por volta das 20h os blogs tinham voltado ao ar, mas com muita instabilidade. Neste momento, continuam inacessíveis. Uma equipe de técnicos trabalha para solucionar o problema.

ARRUDA: A FASE DO AUTISMO

Por Leandro Fortes, do Brasília, eu vi .

"Eu era repórter da Zero Hora, em Brasília, e presidente do Comitê de Imprensa do Palácio do Planalto, em setembro de 1992, quando Fernando Collor de Mello foi afastado do cargo por decisão da Câmara dos Deputados e, em seguida, exilou-se na biblioteca da Casa da Dinda, no Setor de Mansões do Lago Norte da capital federal. Setorista no Palácio do Planalto, acompanhei a agonia de Collor desde as primeiras denúncias, centradas na vida e na obra de Paulo César Farias, o PC, até a derrocada do primeiro presidente eleito depois de 21 anos de ditadura militar. De tudo que se passou naqueles tempos, o que mais me interessou foi a fase de Collor na biblioteca da Casa da Dinda. A fase do autismo.

O trauma do afastamento (o impeachment só seria votado, dois meses depois, em novembro) havia tornado a personalidade de Collor ainda mais estranha. Diariamente, ele acordava cedo, se vestia impecavelmente de paletó e gravata, se fazia acompanhar de assessores e seguranças e, então, atravessava a rua para ir à biblioteca. Isso mesmo: o cômodo não ficava na Casa da Dinda, mas numa casa menor, em frente à residência do presidente. Todo santo dia, um Collor soturno, com olhar vidrado e andar robótico, fazia aquela travessia surreal em direção a um poder imaginário. Lá, sentava em frente a uma mesa de reuniões de madeira maciça e colocava em frente a si um daqueles aparelhos elétricos antigos que matavam insetos. Por quase dois meses, quando finalmente renunciou antes de ser cassado, o presidente do Brasil fingia governar o país em meio a consultas solitárias de títulos aleatórios de livros da família ao som de pequenos estalos provocados pela eletrocutação de moscas e muriçocas. Enquanto o mundo se desmoronava a seu redor, Collor vivia, como um autista, num universo próprio e impenetrável. E dele, ao que parece, nunca mais emergiu.

Essas impressões sobre o atual senador Collor me vieram à cabeça depois de ouvir o pronunciamento do governador José Roberto Arruda, no momento em que ele anunciou sua desfiliação do DEM. Arruda virou um espectro humano desagradável, e mesmo para jornalistas experientes não deixa de ser penoso se defrontar com a manifestação física da degradação moral de um político caído em desgraça. Desmoralizado e abandonado pela raia miúda que com ele se locupletou dos maços de dinheiro que fazem a festa no Youtube, Arruda parece ter entrado naquela fase autista de Collor. Ao falar à imprensa, não estava se dirigindo ao mundo real, mas a uma existência virtual projetada em outra dimensão. Arruda decidiu que o importante agora é continuar governando o Distrito Federal e tocar as mais de mil obras em andamento, levantadas em toda parte, com vistas aos 50 anos de Brasília, a serem comemorados em 21 de abril de 2010.

Em primeiro lugar, José Roberto Arruda não governa mais o Distrito Federal. Sua última ação administrativa foi, digamos assim, a ordem dada à Política Militar para atacar, com cavalos, cães e cassetetes, dois mil manifestantes que estavam pacificamente no Eixo Monumental de Brasília. Lá, como ilustração da anarquia que virá, um coronel PM de cabelos brancos partiu como um babuíno enfurecido para cima de um estudante e rasgou-lhe a camisa. Filmado, ordenou aos PMs que jogassem gás de pimenta nos olhos dos cinegrafistas. Arruda, ao que parece, estava na residência oficial, decidindo se contratará a cantora pop Madonna ou a banda irlandesa U2 para abrir os festejos do Cinqüentenário.

Arruda não tem mais nenhum partido em sua base de sustentação e, agora, não faz parte de nenhuma sigla partidária. Em duas semanas, perdeu 12 secretários e seis administradores regionais (das cidades-satélites e do Plano Piloto). Na Câmara Legislativa, metade dos 24 deputados distritais está envolvida no Mensalão do DEM. Arruda, que costumava inaugurar até creche de boneca, não tem mais coragem de colocar o pé para fora de casa.

Vai para o Palácio do Buritinga, sede do governo, em Taguatinga, escondido pelos vidros fumê de carros oficiais, mais ou menos como Collor atravessava a rua para mergulhar no mundo encantado da biblioteca do avô.

Entrou, definitivamente, na fase do autismo. E com ele, o DEM. O Ex-PFL, ao que parece, acredita mesmo que, ao se livrar de Arruda, irá também se livrar da pecha de partido atrasado, reacionário e corrupto".

O GURU DO ANO

Há controvérsias. Um homônimo reivindica o galardão. Leia mais aqui.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

ERA UMA CASA MUITO ENGRAÇADA

Mamãe falou que ia dar tudo certo e eu ia realizar meu sonho. Mas aí apareceu um tio bobo que estragou tudo.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

CLOACA NEWS NOTIFICA FOLHA

Ao Otávio Frias Filho Diretor de Redação da Folha de S.Paulo Alameda Barão de Limeira, 425 - Campos Elíseos São Paulo, SP Na qualidade de procuradores do blog Cloaca News (http://cloacanews.blogspot.com) servimo-nos da presente para - sem prejuízo de quaisquer outras providências que possam ser levadas a efeito - notificá-lo a respeito do que segue: - sua gazeta, em passado recentíssimo, publicou uma falsa "ficha do Dops" da Ministra Dilma Rousseff; - publicou artigo de um psicopata acusando o Presidente Lula de assassinato; - classificou de "ditabranda" o sanguinário e abjeto regime de exceção vivido no país entre 1964 e 1985; - sua gazeta tem ocultado da população absolutamente todas as falcatruas dos governos demotucanos, notadamente o de José Serra, em São Paulo; - sua execrável gazeta publicou, sem qualquer tipo de averiguação, um indecente e ignominioso artigo acusando o atual Presidente da República de ter praticado estupro. Os casos supracitados são apenas alguns exemplos das imundícies estampadas diariamente pela sua Folha, à guisa de "jornalismo". À face do exposto, estamos notificando-o para que se abstenha de chamar de "Jornalismo" essa porcalhada impressa com a logomarca Folha de S.Paulo. Outrossim, que se abstenha de utilizar o lema "Um jornal a serviço do Brasil" em seu frontispício, visto que, além de conspurcar o conceito de "jornal", sua gazeta tem demonstrado, amiúde, que está "a serviço" de grupos e interesses espúrios e inconfessáveis. Alterum non laedere. Sem mais, Cloaca & Cloaca Associados

domingo, 6 de dezembro de 2009

NA MOITA, TRIBUNAL GAÚCHO TERIA RECEBIDO DINHEIRO DE BILIONÁRIO DO AÇO

Imagine que o cidadão Cláudio Adriano Ribeiro, vulgo Papagaio, chegasse – discretamente – no Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, carregando uma enorme mochila abarrotada de dinheiro, e dissesse que queria fazer um mimo à Egregia Casa, para “melhorar a gestão” do Judiciário. Você acha que os colendos desembargadores, em nome da “qualidade” e da “produtividade”, aceitariam o regalo? Pois, a menos que o jornalista Tulio Milman, do tabloide Zero Hora, tenha encontrado alguma reveladora caderneta de anotações em uma lata de lixo do estacionamento do Palácio da Justiça, em Porto Alegre, a nota publicada em sua coluna Informe Especial neste domingo traz uma informação estarrecedora: os ricaços estão “doando” dinheiro – à sorrelfa – para o Tribunal de Justiça estadual. Afinal, o que levaria o biliardário empresário Jorge Gerdau Johannpeter, incensado “guru da gestão corporativa”, a doar “discretamente, como sempre faz”, a módica quantia de R$ 1 milhão ao Judiciário gaúcho? Aparentemente, a singela notícia do colunista refere-se ao programa “Auxiliando o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul na Modernização da Gestão”, lançado em dezembro último com o nobilíssimo propósito de “racionalizar procedimentos no Judiciário Estadual e reduzir despesas”. Por que, então, o abnegado gesto do Iron Man guasca não foi “contabilizado” sequer nas notícias publicadas no website daquela Corte? Confira aqui e aqui: não há menção de “doações” por parte de pessoas físicas ou jurídicas. Pelo sim, pelo não, este Cloaca News passará os próximos dias levantando quantos processos envolvendo as empresas de Jorge Gerdau Johannpeter (são muitas) tramitam na Justiça do Estado. Mesmo porque não ficou bem explicada a última frase na notinha de Tulio Milman: “Os resultados são animadores”. Para quem? – é a resposta que buscaremos.