domingo, 20 de setembro de 2009
PARA EDITORA DE ZERO HORA, SEM-TERRA ASSASSINADO ERA UM SUJEITO SEM VALOR
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João-ninguém - Indivíduo insignificante, sem importância; sujeito à-toa (Dicionário Eletrônico Aurélio - Século XXI - Versão 3.0)
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rosane de oliveira,
saco de vômito,
Zero Hora
52 comentários:
Eu heim, nazismo puro, este é o jeito demo de governar
E é em nome desse joão ninguem que a DIREITA faz seus discursos pra ganhar eleição. A DIREITA psdb/dem/pps e MIDIA são assim, nós sabemos mas muitos ainda não se deram conta. Os discursos sempre são de ESQUERDA mas, o "governo" deles é de extermínio do joão ninguem. A DIREITA É O FLAGELO DA HUMANIDADE, todos aqueles MINIMAMENTE comprometidos com a VIDA tem que combater essa DIREITA ASSASSINA.
Pára cara, que isso. Lê o que ela escreveu direito.
"O silêncio só se mantém porque não há pressão da sociedade pela divulgação do nome do rapaz. O morto era um joão-ninguém - e não falta quem aplauda a violência contra os sem-terra."
Ou só não há silêncio e não há pressão da sociedade por ele ser um desconhecido? Ou todo mundo deveria conhecer o Elton Brum da Silva?
Cara, acho teu blog bacana, várias observações importantes, mas nessa tu deu uma escapada tosca.
Concordo com o Fernandes.
Sempre leio o teu blog, mas dessa vez faltou uma sensibilidade tua para perceber a crítica embutida no texto.
Chamar o Elton de zé-ninguém é destacar a posição marginal a que o MST é jogado pela sociedade e pela mídia.O texto estava justamente criticando a ausência de manifestação popular (com poucas exceções, como você) em torno do assassinato e do julgamento.
"Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás"
No mais, parabéns pelo blog.
Abraços,
Eduardo
Como sou um democrata e gosto de tudo em pratos limpos, vamos lá: também achei que o significado do texto foi deturpado pelo dono deste blog. É que nós já estamos tão enojados com os golpes sujos desta imprensa golpista que nos deixamos levar pela emoção. Plenamente perdoável, mas estamos atentos. Não vamos cair na armadilha do inimigo, temos mais inteligência do que isso (nós, os seus leitores).
Concordo, acho que a interpretação do texto revela má-fé...
é, nessa concordei com o fernandes e outros... o texto dela era justamente uma crítica a tudo isso.
Assim perde a credibilidade. Tá fazendo o mesmo que o PIG, retirando frase do contexto. A coluna está fazendo exatamente o contrário: condenando o fato de não se dar o nome ao morto, tratando-o como um joão ninguém.
Não conheço a colunista, nem acompanho de perto o jornal. Mas o que ela escreveu foi distorcido pela nota. A frase ampliada seria "o morto era (considerado) um joão-ninguém". Não existe nada na frase ou no texto que indique que essa é a visão dela (embora possa ser). Bola fora.
Prezado Cloaca, nesta tu "pisaste na bola". Veja que a ZH fez o que raramente faz, disse que é inaceitável a não divulgação do nome do assassino e que não há pressão da sociedade para que o culpado seja julgado e castigado porque o morto era um pobre coitado. Isso é uma crítica social e política, e está absolutamente correta, coisa que a ZH raramente faz. O Elton era mesmo um zé-ninguém, como a maioria da população brasileira. Fosse um figurão ou classe média, a grita seria grande. A impunidade e o acobertamento que está ocorrendo é mais um capítulo da velha novela brasileira, na qual a polícia e a justiça são apenas para pobres, pretos e putas.
Faz tempo que soube o nome do trabalhador assassinado pelas costas: Elton Brum.
Talvez a grande imprensa, da qual faz parte a colunista, não tenha mesmo muito interesse em divulgar seu nome e o do assassino.
Seu Cloaca,
que tal fazermos o que o PIG não faz, retificando este post?
Grande abraço!
Porque ele é um João Ninguém?... pq a imprensa deseja isso. Todos do MST são Joãos Ninguém... todos...
E porque?
Porque se marginaliza os movimentos sociais escondendo o nome de seus integrantes, enterrando sua história de luta, calando sua voz e distorcendo fatos. Rosane, minha querida, descubra porque ele é um João Ninguém e porque o Francenildo não é, por exemplo.
E de resto,,... "a desalambrar".
O homem era um "joão-ninguém"? Mas acho que era este o intuito da afirmação: de mostrar a indiferença da sociedade em relação aos sem-terra. A colunista fez uma crítica a sociedade como um todo, dizendo exatamente o que os cansadinhos pensam a respeito de quem está por baixo.
Creio que nesta vc acabou errando.
Cloaca tem razão. O que é ser um João-ninguém? Para ZH, Marcelo e o fumageiro da Alliance são também Joões-ninguém. Foram esquecidos, sintomaticamente.
na minha opnião se fez uma crítica ao fato de nada ter sido feito, pois ele era um "joão-ninguém", um "zé do povo", sem-terra, pobre, tipo dizendo, que fosse um filho de "coroné", o bicho tava pegano!
Com todo o respeito aos que consideraram que "pisamos na bola", não enxergamos qualquer motivo para "retificar" a postagem. Pelo simples fato de não termos feito comentário algum sobre a nota da colunista-abelha. Apenas grifamos a palavra escolhida por ela para qualificar o agricultor ASSASSINADO, para, em seguida, reproduzirmos a definição "dicionaresca" do termo.
...
Rosane de Oliveira.Quem não te conhece, que te compre...
Cloaca, sou seu fã, porém, meu camarada, de todos os seus postados que li, esse é o primeiro com qual não posso concordar. A ligação que a jornalista faz é com relação, justamente, ao desinteresse das autoridades pelo caso do sem-terra, visto que não se trata de um figurão, e, portanto, para eles, um joão-ninguém. É o que me pareceu. Se caso eu, assim como outros comentaristas, não tivemos a fina percepção, por favor, nos esclareça. Caso contrário, por favor, poste uma correção, pois não bebemos da mesma fonte do mídia golpista e sabotadora. Valeu.
O Celso Daniel, ex-prefeito , também é um Zé Ninguém!
Isso porque a imprensa foi comprada pelo PT.
Os exilados que o digam!
Também achei que não houve conotação de desprezo pelo jornal. Disse que o nome do autor dos disparos não foi revelado porque a vítima era um desconhecido.
Sei não. Pelo que percebo, afirmar que o agricultor é um "joão-ninguém" deixou escapar um preconceito da autora sim. Quanto a aplaudir a violência contra sem-terra, o grupo ao qual ela pertence é um dos grandes incentivadores do pensamento. Ou ela se pronunciou alguma vez quanto ao presídio a céu aberto que está posto em São Gabriel?
Pra mim, a "jornalista" tentou limpar a barra com um comentário bonitinho e comovente, mas deixou escapar um preconceito e uma contradição.
A pior notícia, entretanto, é que o Cloaca News mostrou um viés de prepotência ao confirmar sua posição - não viu nenum motivo para retificar abordagem desonesta! Isso é soberba.A auto-crítica não existe para alguns setores da esquerda...
Caro anônimo das 21:35h: você pode achar o viés que quiser, e não temos nada a ver com isso.
No entanto, se você é capaz de enxergar "prepotência" ao confirmarmos algo que nós próprios escrevemos, mas não tem tino suficiente para perceber o que há por trás da escolha das palavras feita por "alguns setores" da gloriosa imprensa brasileira, lamentamos.
Aliás, pelo critério da isenta e honesta colunista-abelha, poderíamos perfeitamente tratá-lo do modo como ela referiu-se ao trabalhador assassinado. Você é quem mesmo???
Tudo bem que Rosane Oliveira poderia ter pensado em outra maneira para se referir a uma pessoa que foi assassinada pela polícia. Em todo caso, creio que a jornalista, embora atue em um pasquim facistóide, quis usar de ironia para protestar por justiça no caso de Elton Brum. Pelo que entendi, quando ela diz no texto que Elton era um joão-ninguém, está na verdade ironizando as autoridades e elites do Rio Grande do Sul. Por ele ser encarado como um joão-ninguém pelo governo estadual é que a justiça não é feita nesse caso. Creio que vocês pegaram pesado com Rosane Oliveira.
Deveriam se desculpar.
Ainda assim, admiro o trabalho de vocês. Parabéns
Caro Rodrigo Ferrari:por que deveríamos nos "desculpar", se não fizemos qualquer juízo sobre a nota da jornalista-abelha??? Quem escolheu "joão-ninguém" para o texto dela foi ela mesma, certo? O que fizemos, apenas, foi destacar o significado da expressão.
Entendeu?
Ahhh,estes anônimos!!!Posso ter diferenças imensas contra a RBS,mas neste Post da Rosane,concordo integralmente com ela(pela primeira vez)quanto ao nosso querido petista e ex-prefeito de Santo André,Êle foi uma das maiores estrêlas do PT,e todos que convivinham com êle,o respeitavam e o queriam muito!O Prefeito Celso Daniel,estava coordenando a campanha Vitoriosa do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva,e já estava escolhido para ser o Ministro da Fazenda!Se a oposição não tivesse armado,as mortes dos assassinos,êles estariam certamente,soltos e cometendo ais assaltos,aliás,foi assim que mataram o inesquecivel,Celso Daniel!Tem muita coisa que um dia,vai clarear,se Deus quiser!!
Eita cambada de Agronegociatas!
A abelinha, novamente, desinforma. A cobrança da Comissão de DDHH sobre a morte pelas costas não é cobrança da sociedade? O Ministério da Justiça ter mandado gente para investigar não é cobrança da sociedade?
Seus estúpidos! Fazendo coro com a abelinha! Vão se enxergar!
Querida Teresinha: você pode concordar com a jornalista-abelhinha em boa parte do que ela escreve nesta notinha escondida. Duvidamos, no entanto, de que você diria que o agricultor Élton Brum, que tinha família, amigos e sonhos, fosse um "joão-ninguém".
Que dizer da Tarsila que está processando o Zero Hora e o jornalista André machado pela exposição dos filhos naquela foto da casa da Yeda?
E o Ivan Pavan, presidente da Assembléia Legislativa esqueceu??? que as portas da Assembléia deveriam ser abertas p/ receber a Chama Crioula p/ ser extinta! Que vexame!
Cloaca, sou seu fã... Mas concordo com os que disseram que pegaste pesado com a editora.
Ainda que possa reinar preconceito tanto no jornal qto na referida autora (a qual não conheço suficiente julgar) não enxerguei de jeito nenhum qualquer vício no texto que, diga-se de passagem, é positivo na medida em que representa uma crítica fundamentada no próprio título.
Mas também temos que admitir que houve uma escorregada da editora ao não deixar claro que a expressão "joão ninguém" trazia, em si, uma crítica de fundo irônico. Tal confusão poderia ser desfeita com o uso de aspas ou mesmo (como bem lembrou o comentarista RC) com o uso do "considerado um" que, presumo, está ali como elipse.
No mais, acho que o Cloaca, por conhecer a autora (e o seu "contexto editorial", ou melhor, "conjunto da obra") quis frisar o que a psicologia chamaria de ato falho.
O Cloaca está certíssimo quanto à ofensa da jornalista ao morto. Queria ver se fosse com a família de vocês o que vocês achariam de além de ter um parente querido assassinado covardemente pelas costas, vê-lo no jornal retratado como um joão-ninguém. Quem é esta jornalista sabuja para retratá-lo desta forma?? Processo nela, ela quem deve se retratar e vocês fascistas querem que o cloaca se retrate. O mundo pirou de vez. No entanto, fica minha ressalva quanto à real intenção da jornalista preconceituosa, mais do que desclassificar o sem-terra, a intenção dela é reduzir o problema ao morto e ao assassino, quando na verdade o verdadeiro culpado é o Estado governado pela sra. Yeda Crusius, que já responde à processo por corrupção. A gente está aqui discutindo detalhes enquanto o assassino, outro "joão-ninguém", vai pagar pelos verdadeiros carniceiros de terno e gravata.
A colunista quis parecer imparcial, exatamente, para que os leitores a vissem de forma mais positiva, porém, foi traída pela sua visão reacionária e pela submissão ao governo tucano. Mas, pelo que li nos comentários, conseguiu em parte seu intento. Se tivesse realmente a intenção de fazer uma crítica, teria durante este mês cobrado com veemência do governo o nome do assassino.
Concordo com a Daisy (09:28), com a Marluce (08:32) e com o Michel (04:33) no quarto parágrafo de seu comentário.
A Marluce e a Daisy foram ótimas em seus questionamentos a respeito da perda de tempo na discussão de detalhes enquanto outro "joão-ninguém", o assassino, vai pagar pelos carniceiros de terno e gravata (Marluce). A Daisy lembrou da falta de uma cobrança mais veemente, e constante, do governo pela jornalista em questão.
Por outro lado, o Cloaca não fez qualquer comentário a respeito do texto do jornal, salvo o título da postagem, que considero correto porque a expressão utilizada pela jornalista deveria estar entre aspas. Da forma como foi escrita a impressão que fica é a da negação da cidadania e humanidade do militante assassinado o que, particularmente, considero como uma condição necessária para eliminar sua "presença" da memória e, consequentemente, da História.
Concordo com CLOACA, em gênero, número e grau! Vindo de alguém do PIG, o perigo não está na crítica, mas, no elogio! Rosane Oliveira, quem não conhece, que compre.... Ontem foram "bonzinhos", hoje, a notícia do "caderninho achado no lixo", está em letras garrafais no jornaleco! É a técnica do "bate e assopra"!
a colunista enganou muitos incautos mas não a mim. lavar as mãos ,nessas circunstâncias, é obsceno. e ela lavou.
O problema é que os ratos do TVG Lero Hora estão abandonando o Piratinic. Então, mesmo parecendo que nossa abelhinha esteja preocupada com a morte do sem-terra ela, provavelmente, está seguindo as novas diretrizes vindas do andar de cima. Deve ser um memorando com o seguinte teor: Cambada, fudeu! Acionar plano B. A abestalhinha consegue ser cretina mesmo quando dá uma de humanista, preocupada com o joão-ninguém, morto por um fulando-de-tal.
Eu tambem li ironia no uso da expressão 'joao ninguem'... assim como qquer pessoa capaz de ler imparcialmente. Eu odeio a rbs e tudo que ela representa. Mas ninguem está sempre certo, neste caso o sr cloacou um ponto meio debil.
E outra, eu já notei que este blog apaga alguns comentários. Liberdade de expressão no dos outros é refresco?
A Rosane escrever alguma crítica ao aparato que proteje a governadora ré, e seu bando é realmente uma novidade.Isso me faz questionar: Existe Ministério Público no RS??? ou estão todos na mão do PSDB??? Kd Adão Paiani que disse saber o nome do OFICIAL que disparou a 12???? Interpele-o, meu caro cloaqueiro.
É verdade blogueiro,vc tem razão,abs LS...
Caaaalma elektrofossile!!!Pelo menos entre nós,deveríamos ter mais PAZ!!!
Prezado Cloaca,
Acho que agora a coisa piorou, porque passou, com todo o respeito, ao cinismo. Dizer que "apenas destacar o termo e reproduzir a definição" não é nada, não é emitir opinião, vai bem ao estilo PiG. O Cloaca pode passar sem isso.
Não sei porque esta confusão. É claro o argumento do Cloaca: o juízo de valor - a vida humana é uma vida humana, não há humano de segunda classe. Ao anunciar o joão ninguém, a autora demonstra suas convicções.
Viva o cloaqueiro!
RC: é óbvio, evidente e cristalino que TEMOS OPINIÃO. E, nesse caso, para manifestá-la, bastou passar um risco vermelho sob uma frase.
Qual o problema em emitir opinião, meu caro?
A propósito, você também acha que o agricultor assassinado, que tinha família, amigos e sonhos, "era um joão-ninguém"???
Vamos lá,RC! Brinde-nos com sua opinião.
Cloaqueiro,
Primeiro você diz que não emitiu juízo de valor, "somente" grifou parte da frase.
E agora diz que grifando a frase emitiu opinião, o que acho que todos viram desde o início, mas que não foi admitidop por ti.
Se observar sem preconceito verá que o comentário da abelha-rainha foi exatamente neste sentido humano do agricultor que colocou. Que só não há punição no caso porque essa pessoa com sonhos, amigos e família não tem a mesma visibilidade que outros na sociedade.
abraços,
Rafael
Rafael: você concorda com a jornalista-abelha? Você acha que "o morto era um joão-ninguém"?
Aceite uma sugestão. Leia isso:
http://laviejabruja.blogspot.com/2009/09/polissemia.html
É impresionante como tem leitor que não enxerga além daquilo que está escrito. Deram agora de patrulhar o blogueiro por ele ter dito que não emitiu juízo sobre a nota da Rosane, mas admitiu que deu opinião. Como se não fosse possível fazer as duas coisas. Só quem não conhece a colunista de ZH para levar à sério a preocupação social dela. Essa nota da colunista é de um cinismo sem tamanho. Rosane de Oliveira é Editora de Política de ZH, e ninguém viu o jornaleco dela mover uma palha sobre o tema que abordou. Vem agora posar de santinha. Tenham paciência! Aprendam a ler! Tem mais: chamar a vítima de joão-ninguém, do jeito como ela escreveu, soou mais como ato falho do que ironia. Irônico foi o blog, que passou um risco vermelho no troço e, sem usar nenhum adjetivo, expôs a verdadeira face da jornalista "sensível".
Da próxima vez, seu Cloaca, é melhor desenhar.
Abs.
O que esta sendo dito? Mas principalmente por "quem" esta sendo dito, deve ter diferentes leituras.
Parbéns Cloaca. Continue assim, com esta posição que me agrada muito!
Desculpe-me, Cloaca. Fui de um entendimento obtuso, agora vejo que o seu questionamento era claro e que a jornalista, esta sim, usou um termo que ela mesma considerou indicado para se referir ao trabalhador. Demorou, mas a ficha caiu. Valeu.
Cloaca,
Relendo com atenção, e com a explicação, agora parece claro a intenção da matéria: a abelhinha é uma hipócrita.
Mas o caso é que simplesmente lendo o que foi publicado inicialmente é impossível chegar a essa conclusão. Tanto que até o Azenha retificou-se. Há de se fazer a ligação com o histórico de "reporcagens" da evolução do episódio para deduzir que a crítica(?) dela é incoerente com a postura adotada pelo jornaleco ZH.
De qualquer forma peço desculpas.
Rafael
http://www.radames.manosso.nom.br/retorica/ironia.htm
"
Ironia é a afirmação de algo diferente do que se deseja comunicar, geralmente o contrário, na qual o emissor deixa transparecer a contrariedade por meio do contexto do discurso, ou através da alguma diferenciação editorial, ou entoativa ou gestual. O que diferencia a ironia do enunciado falso simples é a sinalização da contrariedade, geralmente sutil, através do contexto, edição, entoação ou gesto ou de outro sinal. A função da ironia geralmente é crítica e impressionista.
Dizer ironicamente que alguém é virtuoso implica numa impressão: 'é um mau exemplo' e numa crítica: 'devia mudar, ser diferente'. Ironiza-se o excesso e o reprovável.
Um caso particular e relevante de ironia é a mimese irônica. Imita-se o estilo ou o ponto de vista de outrem, mas o que se pretende é criticar o que se mimetiza. No caso da mimese de estilo, leva-se a entender que o estilo adequado não é tal.
Há também o uso irônico de termos a que se reserva alguma crítica quanto a conotação. Por exemplo: usar ironicamente uma gíria, dá a entender que se reprova a gíria e, provavelmente, quem a pratica.
Que espetáculo!
Continue com textos como este que é diversão na certa.
Cloaca News: o melhor blog de humor da internet brasileira.
Um abraço de seu fã!
Obrigado, Marcos. Mas isso aqui não é "blog de humor", não, senhor. Pelo contrário.
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