sexta-feira, 28 de agosto de 2009
JÁ NAS BANCAS
Sobre o que não é moral: "Sabe o que é imoral? Imoral é a fome, são nossos irmãos do nordeste morrendo de fome. Imoral são tantos cada vez mais pobres e uns poucos cada vez mais ricos. Fazer amor não é imoral. É o pouco a que temos direito". (in "Solar das Taras Proibidas", Roberto Mauro, 1984)
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quarta-feira, 26 de agosto de 2009
SUPOSTA ADVOGADA DE SUPOSTO JORNALISTA ALI KAMEL TENTA, SUPOSTAMENTE, CENSURAR CLOACA NEWS
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No lusco-fusco desta terça-feira, quando retornávamos da faina diária de revolver o lixão de nossa imprensa escrita, falada e televisada, eis que encontramos em nossa caixa postal esta ameaçadora correspondência, intitulada...
NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL.
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Prezados,
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Na qualidade de procuradora do jornalista ALI KAMEL, diretor da Central Globo de Jornalismo, venho pela presente NOTIFICAR os senhores a respeito do que segue:
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Foi constatado que nesse blog há postagem datada de 16/08/2009, com o título “As taras proibidas de Ali Kamel”, disponível no endereço http://cloacanews.blogspot.com/2009/08/as-taras-proibidas-de-ali-kamel.html. Tal postagem faz alusão ao jornalista Ali Kamel como ator em um filme pornô, nos anos 80, disponibilizando trecho da obra retirada do site Youtube.
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Não restam dúvidas de que o notificante nunca exerceu atividade profissional diversa da carreira jornalística, razão pela qual o conteúdo da postagem é inverídico.
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Pelo exposto, sem prejuízo de quaisquer outras providências que possam ser levadas a efeito, venho pela presente notificá-los para que sejam tomadas as seguintes providências:
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a) que seja removido IMEDIATAMENTE o conteúdo acima citado desse site;
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b) que se abstenham de repetir o erro em quaisquer meios hoje disponíveis (impressos ou eletrônicos).
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Atenciosamente,
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Jxxxxxx Mxxxxxx
OAB/RJ nº 100.xxx
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Orientados pela nossa douta banca de jurisconsultos, respondemos à suposta causídica - com cópia para Deus e todo o mundo - o que segue.
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Prezada Jxxxxxx, suposta “procuradora do jornalista Ali Kamel”,
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Na qualidade de autor e editor responsável pelo blog denominado “Cloaca News”, doravante apenas “Cloaca”, valho-me da presente para, igualmente, NOTIFICAR a senhora – e seu cliente – a respeito da equivocidade abrigada em sua mensagem eletrônica enviada nesta terça-feira, 25 de agosto de 2009, às 19:04h, sob o espampanante título “Notificação extrajudicial”.
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Data venia, se é inegável que o Cloaca postou um artigo em 16/08/2009, com o título “As taras proibidas de Ali Kamel” (http://cloacanews.blogspot.com/2009/08/as-taras-proibidas-de-ali-kamel.html), há um clamoroso equívoco fático em sua afirmação peremptória de que “Tal postagem faz alusão ao jornalista Ali Kamel como ator em um filme pornô...etc”.
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Reproduzo abaixo, ipsis verbis, o texto publicado na referida postagem:
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Um tia ninfomaníaca e suas sobrinhas estão de luto por causa da morte de um cachorro. Diretor de famosa rede de TV e seu amigo pilantra fingem que são primos e vão consolá-las.
Entre os pontos altos da película, a magistral interpretação do galã no take "isso, gostosa!" e o momento em que ele, no afã de arrastar a moça pro matinho, discorre sobre a moralidade - "Sabe o que é imoral? Imoral é a fome, são nossos irmãos do nordeste morrendo de fome. Imoral são tantos cada vez mais pobres e uns poucos cada vez mais ricos. Fazer amor não é imoral. É o pouco a que temos direito".Produção de 1984, de Roberto Mauro, o mesmo diretor de "Eu compro essa Virgem" (1979) e "As Cangaceiras Eróticas" (1974).
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Como vê, trata-se da sinopse da obra cinematográfica “Solar das Taras Proibidas”, da lavra de conhecido diretor, prolífero em décadas passadas. Sua asserção de que aludimos a um “jornalista”, portanto, carece de lastro veraz. Tampouco procede que tenha sido utilizada a expressão “filme pornô” nesta ou em qualquer outra postagem do Cloaca, mesmo porque consideramos tal linguagem absolutamente inadequada.
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Da mesma forma, causa-nos estupefação seu argumento de que “Não restam dúvidas de que o notificante nunca exerceu atividade profissional diversa da carreira jornalística, razão pela qual o conteúdo da postagem é inverídico”. Não conheço o “notificante” que a senhora diz representar, portanto nada sei de sua vida atual ou pregressa. No caso de nossa postagem, objeto de sua extravagante interpelação, prestamos uma singela homenagem ao cinema brasileiro de tempos remotos, e o trecho exibido diretamente do website Youtube destaca a atuação de alguns jovens e talentosos atores, todos devidamente apresentados nos créditos iniciais da película “Solar das Taras Proibidas”. Não há, pois, qualquer conteúdo “inverídico” postado pelo Cloaca.
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Pelo exposto, e sem prejuízo de quaisquer outras providências que possam ser levadas a efeito, NOTIFICO-A, prezada Jxxxxxx, para que tome as seguintes providências:
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a) que se retrate, IMEDIATAMENTE, por este mesmo meio, por ter me imputado conduta que, efetivamente, não tive;
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b) que se abstenha de repetir o erro de tentar intimidar quem quer que seja, inda mais utilizando meio eletrônico, com o expediente da “notificação extrajudicial”.
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Atenciosamente,
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Cloaca News
http://cloacanews.blogspot.com/
terça-feira, 25 de agosto de 2009
TUCANO QUE SONEGOU HARAS NÃO É MANCHETE NO JORNAL DOS PATIFES
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No último dia 12 de julho, denunciamos aqui que, em 2002, quando se elegeu senador, o pernambucano Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, não declarou ao Fisco ser o dono do badalado e milionário Haras Pedra Verde, no município de Limoeiro. A Declaração de Bens e Direitos do tucano relaciona a Fazenda Pedra Verde, onde o haras está instalado, como "terra nua". É mentira das grossas, provada com a exibição de documento da Receita Federal e com as várias reportagens publicadas na imprensa de Pernambuco sobre o empreendimento do senador loroteiro. Para a Folha de S.Paulo, gazeta mafiosa especializada em acobertar todas as canalhices de seus amigos gângsteres, isso não é notícia, nem nunca será. É que Elvira Lobato só tem uma, Limoeiro é muito distante de Rio Branco e o jatinho de Tasso Jereissati encontra-se em manutenção no hangar do Senado Federal.
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segunda-feira, 24 de agosto de 2009
SERRA SUPERFATUROU PAPEL HIGIÊNICO NA BOLÍVIA
Lançado em 1989, pela Editora Terceiro Mundo, o livro “O pilão da madrugada - Neiva Moreira, um depoimento a José Louzeiro” é, ainda hoje, um grande celeiro de curiosas revelações. Jornalista e ex-deputado federal, Neiva Moreira é um homem de muita história (veja aqui ou aqui).
Logo após o golpe militar de 1964, Moreira encontrou seu primeiro refúgio na Bolívia, onde viveu por um bom tempo. Desse período, narrado por Neiva no livro, destacamos o trecho abaixo, pinçado das páginas 208, 209 e 210.
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Quando, em 1964, cheguei exilado com o Kurt ao aeroporto de El Alto, recebi os cumprimentos de um assessor do presidente Estenssoro, que voltara ao poder (Siles estava então em seu 15º exílio) e o convite para que o visitasse em palácio.
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Kurt entre o "soroche" e o papel higiênico
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O Kurt complicou a nossa chegada. Ao descer do avião no aeroporto de El Alto, a mais de 4000 metros de altitude, caiu duro e passou quase dez dias na cama, hospitalizado. Pagara o seu tributo ao "soroche", ou o mal das alturas que eu próprio iria conhecer depois, nas andanças pela cordilheira.
Ficamos alguns dias num hotel e logo alugamos um apartamento, com José Maria Rabelo, Carlos Olavo da Cunha Pereira e José Serra. Rabelo e Olavo são jornalistas e políticos em Minas Gerais. Estavam, até então, dispersos em hotéis e pensões de La Paz. Marcelo Cerqueira, alojado numa pensão, estava frequentemente reunido ao nosso grupo.
Diretor do jornal político-humorístico Binômio e militante socialista, Rabelo deixara a direita mineira em apuros com seu jornalismo cáustico e documentado, que provocou não poucas complicações. Olavo, com um jornal em Governador Valadares, O Combate, teve corajosa atuação nas lutas camponesas do vale do rio Doce; José Serra havia sido presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e continuava seus estudos de economia que o levaria, anos mais tarde, ao cargo de secretário do Planejamento de São Paulo e, posteriormente, deputado federal constituinte pelo PMDB paulista.
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E o alemão?
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Você não esquece o nosso Kurt. Era (e é) realmente uma figura. Ele se juntou ao nosso grupo no aluguel do apartamento da Avenida Arce, e com ele dividíamos a gestão da casa. Cada um de nós a administrava durante sete dias, e eu me recordo que a última semana anterior à dele tinha sido conduzida pelo Serra. O Kurt, germanicamente, quando foi receber a administração, fez a exigência de uma auditoria meticulosa. Ele queria informações de tudo. Uma das coisas que desejava saber é se tinha havido alguma disenteria na semana anterior. "Que eu saiba, não, respondeu o José Maria, Por que?". - Porque tem aqui 400 a 500 metros de papel higiênico, gasto que o sr. Serra não quer explicar.
O Serra ficou furioso e até hoje fica de mau humor quando se fala a respeito.
Kurt se aposentou do serviço secreto - não tão secreto -, ficou no Brasil e me visitou na revista, para lembrar os velhos tempos.
Em um desfile de carnaval do Rio, reencontrei Serra, que já estava no governo de São Paulo. Ficamos juntos, recordando o exílio boliviano. "Não consigo ainda desculpar esse alemão por causa do tal papel higiênico. Pensando que eu tivesse ficado com o papel. Era só o que faltava!", me disse. (...)
.Antes que você nos deixe um comentário iracundo, acusando-nos de patrocinar picuinhas contra o pobre Zé Chirico, saiba que o governo tucano de São Paulo anda fazendo, à sorrelfa, curio$as negociações com uma importante indústria gráfica mineira, embrulho que trataremos de desempacotar, detalhadamente, nos próximos dias.
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Com a colaboração do leitor Fernando C. M. Andrade, de Niterói - RJ
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