terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A PESTE TUCANA

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Primeiro, foram os casos de morte por febre amarela em duas cidades gaúchas, no mês de janeiro, que a mídia-capacho tratou de noticiar em letras menores que o cocô do inseto vetor da doença. Nesse caso, ouviu-se muito o Secretário de Saúde de Yeda Crusius afirmando que o "fenômeno" devia-se a "causas climáticas". Curiosamente, quase nada foi ouvido sobre o fato de que o último óbito por febre amarela no RS havia ocorrido em...1966! Agora, assistimos aos primeiros casos de leishmaniose visceral no estado gaúcho. Trata-se de uma terrível moléstia provocada por um protozoário. Sua transmissão dá-se pela picadura de mosquitos flebotomíneos, como esse da foto. E, mais uma vez, a imprensa-michê do Rio Grande dá ao tema a visibilidade de uma ameba a olho nu, sem sequer ouvir as autoridades sanitárias estaduais (clique aqui para ler a extensa reportagem do tablóide Zero Hora a respeito). Tratamento bem diferente teve (e está tendo) a palhaçada do "deficit zero", como corolário do "novo jeito de governar" da tresloucada governadora tucana. A essa altura, você já deve estar se perguntando: o que é que o apêndice caudal tem a ver com as calças? Estaremos, por acaso, diante de uma situação de causa e efeito? Se considerarmos que até o Ministério Público de Contas já emitiu parecer desaprovando a gestão da tucana, a resposta é: sim, trata-se de uma relação de causa e efeito.
É que, para "zerar as contas", Yeda faz uso da mais descarada maquiagem contábil, manipulando as planilhas de receitas e despesas. E faz pior: entre outras ardilezas, descumpre vergonhosamente os limites constitucionais mínimos de gastos com Saúde, Educação e pesquisa científica e tecnológica. Em outras palavras: para "sanear" as finanças estaduais, a tucana deixou a população às moscas. E aos mosquitos.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

DEU NO WALL STREET JOURNAL: O BRASIL ESTÁ COM TUDO. (Mas, desta vez, a nossa imprensa golpista, canalha, sórdida e depravada "não viu"...)

No dia 22 de janeiro passado, o xexelento jornal O Globo abriu estrepitosa manchete para "repercutir" um artiguete publicado pela revista inglesa The Economist, no caso, criticando o Presidente Lula (clique aqui para reler). O episódio nos motivou a rememorar o indecente caso da parabólica, envolvendo o não menos indecoroso Rúbens Ricúpero, ainda ministro da Fazenda no governo FHC. "No fundo é isso mesmo. Eu não tenho escrúpulos. O que é bom a gente fatura, o que é ruim, esconde" - sentenciou o pacóvio aos ouvidos de Carlos Monforte e da torcida do Corinthians. Pois, veja você, querida leitora, querido leitor... Na última sexta-feira, 6, aquele escandaloso panfleto lulista chamado The Wall Street Journal publicou o maior jabaculê da paróquia, enaltecendo o Brasil e sua liderança na América Latina, sob a batuta de Mr. Lula da Silva. Deve ter sido matéria paga, só pode. Ou alguém de Brasília andou molhando a mão do repórter John Lyons, autor da matéria. Você não leu n'O Globo? Nem na Folha? No Estadão? Na Zero Hora? N'O Estado de Minas? No blog do Josias? Ou na Miriam Leitão? No barrigueiro Noblat? No William Waack? Nem no SarDEMberg? Mas, será o Benedito que você só vai ler o artigo dos gringos clicando aqui?
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ATUALIZAÇÃO (às 14h)
Ainda sobre a curiosa seletividade dos Al Capones da notícia, não deixe de ler o esclarecedor artigo postado pelo nosso colega Argonauta, do blog Abobrinhas Psicodélicas. Clique no título a seguir para ler: "O que a "imprensa livre" brasileira não mostra: o caso Jorge Troccoli".

domingo, 8 de fevereiro de 2009

SALDÃO DA RBS: COMPRE UM TELEJORNAL E LEVE A REDE INTEIRA

Negociação de mídia do conglomerado gaúcho com anunciante inclui "reportagens" em TV, rádios e jornais Conforme este Cloaca News já demonstrou em 06/12 último (clique aqui para reler), o grupo RBS é useiro e vezeiro em praticar o jornalismo-michê para quem se dispuser a pagar por uma reportagem-boquete. Agora, o maior grupo de comunicação do Sul do país - e um dos quatro maiores do Brasil - inova ao lançar um inacreditável pacotão, envolvendo praticamente todos os seus veículos, eletrônicos e impressos. Se, antes, vendiam o espaço editorial "apenas" do Jornal do Almoço, pela RBS TV (afiliada da Globo), agora resolveram verticalizar a bandalheira. Há uma semana, um importante evento no interior gaúcho, ligado a um expressivo setor da indústria brasileira, fechou um inédito contrato para exibição de "matérias jornalísticas", por um precinho promocional. Na baciada, estão incluídas reportagens nos programas da própria RBS TV (Jornal do Almoço, Bom dia Rio Grande, RBS Notícias e Teledomingo), da TVCOM (canal em UHF do grupo), da Rádio Gaúcha e nas páginas dos tabloide Zero Hora e O Pioneiro, de Caxias do Sul. O acordo prevê um determinado número de "inserções", com a participação dos apresentadores, colunistas e comentaristas - entre os últimos, destaque para o comentarista político e vendedor de salames Lasier Martins. Pela sua importância econômica e magnitude, o evento em si já justificaria uma ampla cobertura jornalística, principalmente pela imprensa regional, tanto que os grupos de mídia concorrentes assim o fizeram - sem cobrar por isso. Mas, na hegemônica RBS, ou paga-se ou nada. Assim, para que a maioria do povo do Rio Grande do Sul tomasse conhecimento de um de seus eventos mais emblemáticos, foi necessário pingar 300 mil reais na conta dos Al Capones gaúchos da notícia. Parte deste "investimento" você pode conferir clicando aqui.
300 mil reais!!!