sábado, 10 de abril de 2010

CAMPANHA DE SERRA TEM INÍCIO COM SLOGAN ROUBADO

UMA PITOMBA NO QUENGO DE JOSÉ SERRA


Do blog Tijolaço, de Brizola Neto
.
"Li boa parte de seu discurso, senhor José Serra. Talvez eu seja hoje o que o senhor foi, na minha idade, quando era um jovem, que presidia a União Nacional dos Estudantes e apoiava o Governo João Goulart no Comício da Central. Quando o senhor defendia o socialismo que hoje condena, o patriotismo que hoje trai, o desenvolvimento autônomo do Brasil do qual hoje o senhor debocha.
O senhor, como Fernando Henrique, é útil aos donos do Brasil – sim, Serra, o Brasil tem donos, poque 1% dos brasileiros mais ricos tem o mesmo que todos os 50% mais pobres – porque foi diferente no passado e, hoje, cobre-se do que foi para que não lhe vejam o que é.
O símbolo do Brasil que não pode mais, que não pode ser mais como o fizeram.
Não pode mais o Brasil ser das elites, porque nossas elites, salvo exceções, desprezam nosso povo, acham-no chinfrim, malandro, preguiçoso, sujo, desonesto, marginal. Têm nojo dele, fecha-lhe os vidros com película para nem serem vistos.
Não pode mais ser o país das elites, porque nossas elites, em geral, não hesitam em vender tudo o que este país possui – como o senhor, aliás, incentivou fazer – para que a “raça superior” venha aqui e explore nossas riquezas de maneira “eficiente” e “lucrativa”. Para eles, é claro, e para os que vivem de suas migalhas.
Não pode mais ser o Brasil dos governantes arrogantes, como o senhor, que falam de cima – quando falam – que empolam o discurso para que, numa língua sofisticada, que o povo não entende, negociem o que pertence a todos em benefício de alguns.
Não pode mais ser o país dos sábios que, de tão sabidos, fizeram ajoelhar este gigante perante o mundo e nos tornaram servos de uma ordem econômica e política injustas. O país dos governantes “cultos”, que sabem miar em francês e dizer “sim, senhor” em inglês.
Não pode mais ser o país do desenvolvimento a conta-gotas, do superávit acima de tudo, dos juros mais acima de tudo ainda, dos lucros acima do povo, do mercado acima da felicidade, do dinheiro acima do ser humano.
O Brasil pode hoje mais do que pôde no governo do que o senhor fez parte.
Pôde enfrentar a mais devastadora crise econômica mundial aumentando salário, renda, consumo, produção, emprego quando passamos décadas ouvindo, diante numa crise na Malásia ou na Tailândia que era preciso arrochar mais o povo.
Pôde falar de igual para igual no mundo, pôde retomar seu petróleo, pôde parar de demitir, pôde retomar investimentos públicos, pôde voltar a investir em moradia, em saneamento, em hidrelétricas, em portos, em ferrovias, em gasodutos. Pôde ampliar o acesso à educação, ainda que abaixo do que mereça o povo, pôde fazer imensas massas de excluídos ingressarem no mundo do consumo e terem direito a sonhar.
Pôde, sim, assumir o papel que cabe no mundo a um grande país, líder de seus irmãos latinoamericanos.
O Brasil pôde ser, finalmente, o país em que seu povo não se sente um pária. Uma país onde o progresso não é mais sinônimo de infelicidade.
É por isso, Serra, que o Brasil não pode mais andar para trás. Não pode voltar para as mãos de gente tão arrogante com seu povo e tão dócil aos graúdos. Não pode mais ser governado por gente fria, que não sente a dor alheia e e não é ansiosa e aflita por mudar.
Não pode mais, Serra, não pode mais ser governado por gente que renegou seus anos mais generosos, mais valentes, mais decididos e que entregou seus sonhos ao pragmatismo, que disfarça de si mesmo sua capitulação ao inimigo em nome do discurso moderno, como se pudesse ser moderno aquilo que é apoiado pelo Brasil mais retrógrado, elitista, escravocrata, reacionário.
Há gente assim no apoio a Lula e a Dilma, por razões de conveniência-político eleitoral, sim. Mas há duzentas vezes mais a seu lado, sem qualquer razão senão a de ver que sua candidatura e sua eleição são a forma de barrar a ascenção da “ralé”. Onde houver um brasileiro empedernidamente reacionário, haverá um eleitor seu, José Serra.
Normalmente não falaria assim a um homem mais velho, não cometeria tal ousadia.
Mas sinto esta necessidade, além de mim, além de minha timidez natural, além de minha própria insuficiência. Sinto-me na obrigação de ser a voz do teu passado, José Serra. É um jovem que a Deus só pede que suas convicções não lhes caiam como o tempo faz cair aos cabelos, que suas causas não fraquejem como o tempo faz fraquejar o corpo, que seu amor ao povo brasileiro sobreviva como a paixão da vida inteira. Que o conhecimento, que o tempo há de trazer, não seja o capital de meu sucesso, mas ferramenta do futuro.
Vi um homem, já idoso, enfrentar derrotas eleitorais e morrer como um vitorioso, por jamais ter traído as idéias que defendeu. Erros, todo humano os comete. Traição, porém, é o assassinato de nós mesmos. Matamos quem fomos em troca de um novo papel.
Talvez venha daí sua dificuldade de dormir.
Na remota hipótese de vencer as eleições, José Serra, o senhor será o derrotado. O senhor é o algoz dos seus melhores sonhos".

RBS É CONDENADA NA JUSTIÇA POR DANOS MORAIS COLETIVOS


.
Do site do TST:
.
A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho negou provimento ao agravo da RBS – Zero Hora Editora Jornalística S/A e manteve decisão anterior que a condenou ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 300 mil, na ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho da 4ª Região.
Contra a sentença de primeiro grau (Vara do Trabalho), que estipulou o valor da condenação em R$ 500 mil, a RBS interpôs recurso ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS). De acordo com o TRT, pôde-se comprovar, por meio dos depoimentos, as ofensas e palavras de baixo calão proferidas a todos os funcionários da equipe de vendas, mas que também atingiam os do setor administrativo que participavam das reuniões, porque o ofensor não distinguia a quem as proferia. Após elencar alguns fatores que justificaram o valor elevado da condenação, o Regional destacou a resistência da RBS à conciliação, por recusa ao Termo de Ajustamento de Conduta e à proposta do MPT de acordo judicial, o que indicou a necessidade de se impor condenação pesada. Mesmo assim, o Regional entendeu elevado o valor de 500 mil reais o reduziu para 300 mil.
Contra esse posicionamento, a empresa ajuizou recurso de revista, mas o TRT denegou seu seguimento. Para “destrancar” o recurso, a RBS interpôs agravo de instrumento ao TST. A relatora do processo na Sétima Turma, juíza convocada Maria Doralice Novaes, manifestou-se pelo não provimento ao agravo.
Em seu voto, entre outros fundamentos, ela destacou que o TRT decidiu em consonância com os valores da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que em 2002 listou alguns atos que configuram assédio moral: “medida destinada a excluir uma pessoa de uma atividade profissional; ataques persistentes e negativos ao rendimento pessoal ou profissional sem razão; a manipulação da reputação pessoal ou profissional de uma pessoa através através de rumores e ridicularização; abuso de poder através do menosprezo persistente do trabalho da pessoa ou a fixação de objetivos com prazos inatingíveis ou pouco razoáveis ou a atribuição de tarefas impossíveis: e controle desmedido ou inapropriado do rendimento de uma pessoa”. Além disso, ela considerou que a decisão regional foi adotada de acordo com a doutrina e com “iterativa, notória e atual jurisprudência desta Corte”.
Quanto ao questionamento sobre valor da condenação, após transcrever trechos da decisão regional, a relatora conclui que “o valor arbitrado à reparação foi fixado com base em critérios razoáveis e com total transparência, levando em conta a extensão da gravidade, sua repercussão social e o porte da empresa”.
A juíza Maria Doralice ressaltou em seu voto que a RBS, por meio de determinado funcionário, desrespeitou e submeteu seus trabalhadores a condições humilhantes de trabalho, o que a seu ver, foi agravado pelo fato de a diretoria, quando informada, ter manifestado descaso, além de concordar e aprovar a conduta do autor das ofensas, tendo produzido “uma lesão significativa a interesses extrapatrimoniais da coletividade e, como tal, merece ser condenada na reparação do mal, em valor adequado e justo”.
Acrescentou: “De fato, o ato da reclamada não só lesionou os princípios inerentes à pessoa humana, comprometendo a qualidade de vida dos trabalhadores, como também violou diversos valores sociais, na medida em que a prática atingiu também, como é curial, a vida familiar, a vida comunitária e a sociedade como um todo”. (Lourdes Côrtes)
.
Para saber como tramitou o processo, clique aqui.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

BLOG ANÔNIMO DENUNCIA SUPOSTO ENVOLVIMENTO DE JORNALISTAS GAÚCHOS COM ESQUEMAS DE CORRUPÇÃO

Desde ontem, 8, um misterioso comentário deixado em alguns blogs de Porto Alegre - neste Cloaca News, inclusive - vem intrigando seus titulares. No caso, o autor da anotação postou um link que, curiosos que somos, nos remeteu a um blog recém criado. O sítio, de layout absolutamente espartano, utilizando a plataforma WordPress, ostenta o curioso título "Naodeunojornal Blog". Nele, há apenas uma única postagem, cuja chamada principal é: "Jornalistas gaúchos (RBS e Band) acobertam corrupção".
O texto, de conteúdo estarrecedor, baseia-se em supostos relatórios sigilosos da Polícia Federal, envolvendo as operações Solidária e Rodin. A primeira, como é publicamente sabido, investigou um esquema de fraudes na terceirização do fornecimento de merenda escolar em Canoas, cidade da região metropolitana de Porto Alegre, durante a administração do prefeito tucano Marcos Ronchetti. Uma falcatrua estimada em, pelo menos, R$ 300 milhões. Já a Rodin deslindou o desvio de mais de R$ 30 milhões do Detran gaúcho.
Logo de saída, um aviso sombrio: "Lendo o texto abaixo, você entenderá algumas razões pelas quais tantos casos de corrupção, principalmente durante o atual governo Yeda Crusius (PDDB) [sic], são abafados no Rio Grande do Sul".
Após escrupulosa análise, concluímos que a autenticidade das informações não pode ser assegurada, bem como não pode ser descartada.
Para formar seu próprio juízo, clique aqui.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

CALÃO INUNDA PORTAL DA GLOBO















Veja o link mais de perto:
http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1557862-5606,00-CHOVE-PARA-CARALHO-NO-RIO-DE-JANEIRO.html

ATUALIZAÇÃO - 16:30h
.
CLOAQUEIRO CAI COMO PATINHO NO CONTO DO BUG
.
Como se pode observar na área de comentários desta postagem, o titular deste blog viveu seu momento Noblat, visto que o sistema de publicação do portal G1 (o mesmo do Terra, por exemplo) permite que parte da URL seja editada sem comprometer o destino. Vamos deixar a postagem como está e pagar esse mico. No entanto, para que você não perca a viagem, clique aqui e rememore outro episódio envolvendo o mesmo portal, em que se evidencia o enorme apreço dispensado pelo G1 à nossa língua-mãe.

domingo, 4 de abril de 2010

MANSÃO DE SERRA EM SÃO PAULO NÃO FOI DECLARADA AO FISCO, NEM À JUSTIÇA ELEITORAL


















Na Declaração de Bens que o ex-governador Zé Chirico entregou à Justiça Eleitoral, em 2006, não foi feita menção à nababesca residência do tucano no Alto de Pinheiros, bairro nobre da zona oeste paulistana.
Como se sabe, o pré-candidato do PSDB à presidência da República é o feliz proprietário de um palacete situado na rua Antônio de Gouveia Giudice, a poucos metros do chiquérrimo Shopping Villa-Lobos. Naquela região, conhecida pelo altíssimo padrão de vida de seus habitantes, os imóveis raramente custam menos de R$ 2 milhões.
Há pouco mais um ano, o jornal O Globo chegou a noticiar um assassinato ocorrido nas proximidades da suntuosa morada de Serra, fazendo uma alusão ao endereço ilustre.
Recentemente, a máfia midiática que infesta nosso país difundiu notícias de que o PT já teria encontrado uma "mansão" em Brasília para "acomodar" a ex-ministra Dilma Rousseff. Segundo a Folha, "o imóvel é térreo, tem três quartos e não fica de frente para o lago" , o que nos deu a dimensão da luxuosidade e do fausto exigido pela candidata petista ao Planalto.
Em matéria imobiliária, no entanto, os tucanos nadam de braçada. Em 2008, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, realizou o sonho da mansão própria antes mesmo de tomar posse no cargo, e até mesmo a mobília lhe saiu na faixa.