Em respeito à inteligência dos leitores, e para amenizar os danos à imagem e à honra da ministra Dilma Roussef, aceitei a proposta do editor do Painel do Leitor para escrever uma nova carta, num espaço exíguo e em pouco mais de uma hora, mas sob o compromisso de publicação na íntegra.Segundo seu editor, o Painel só publica cartas inéditas e a que enviei, ainda no domingo, mas não publicada na edição de ontem, como seria de esperar de um jornal sério, já repercutiu reproduzida em outros veículos de imprensa, cuja leitura recomendo, para sua boa informação. Para os leitores que tiverem interesse, dou três endereços como exemplo: www.paulohenriqueamorim.com.br/, HTTP://colunistas.br/luisnassif; e http://www.zedirceu.com.br/.
Sob o título geral “Grupo de Dilma planejou seqüestro de Delfim Netto”, a Folha utilizou-se de uma entrevista por telefone a uma jovem repórter. Lamento que o maior jornal brasileiro use a fonoportagem, o lamentável e preguiçoso vício da “investigação” por telefone. Segundo os editores, o seqüestro de Delfim Netto em 1969 “chegou a ter data e local definidos”. A que hora e em que local, então, ocorreria? A Folha não informa. O mais grave: acusa a Ministra pela ação, lançando uma sórdida anticampanha contra sua virtual candidatura a Presidente. É possível que Dilma, pelas suas tarefas na organização, sequer tenha sido informada sobre o levantamento realizado. Entretanto, a edição oportunista transformou um não-fato do passado (o seqüestro que não houve) num factóide do presente (o início de uma sórdida campanha), que vai desacreditar ainda mais o jornal da ditabranda.
Esclareço que Dilma pertencia, sim, à VAR-Palmares, e era uma militante séria, corajosa e humana, mas que era uma militante somente com ação política, ou seja, sem envolvimento em empreendimentos armados. E digo isto com a autoridade de quem era o responsável pelo setor militar da organização, assumindo a responsabilidade política e moral pelas iniciativas da VAR-Palmares. Por isso, desafio a Folha a esclarecer todos os pontos nebulosos da matéria do domingo e a publicar a íntegra da entrevista, de mais de três horas, para que os leitores a comparem com a imundície publicada, que constitui um dos momentos mais tristes da liberdade de imprensa e uma vergonha para a imprensa brasileira.
Antonio Roberto Espinosa
.
...E O E-MAIL DE ESPINOSA AO EDITOR DA FOLHA, LUIS A. DEL TEDESCO
.
Data: Tue, 7 Apr 2009 09:54:59 -0300
Assunto: Re:ENC: Re:RES: Re:RES: Dilma planejou sequestro de Delfim
.
Caro senhor Tedesco,
.
A cada momento fica mais claro que a Folha não tem compromisso com a verdade, mas se guia pela intenção de fabricar a verdade. A sua verdade, ou seja, a versão da ditadura (ou ditabranda, como ela gosta de intitular o regime de terror que apoiou). Age sem respeito aos leitores e fontes, inventando, maculando, praticando arbitrariedades. Publica somente as cartas que lhe convêm. E, quando não as tem, inventa! Não checa a origem das correspondências recebidas e não respeita compromissos de honra. Ou seja, não tem palavra e carece de seriedade.
Em relação ao “caso Dilma”, na segunda-feira, 6, não publicou a minha carta, ou seja, a versão da única fonte da matéria de capa da véspera, sob a desculpa esfarrapada de que teria chegado após o fechamento, como se as razões burocráticas fossem superiores à importância e verdade dos fatos. Mas publicou uma carta apócrifa, de uma pessoa que dizia que não deixaria seu filho casar-se com uma ex-guerrilheira. E confessa isso covardemente, escondidinho, na seção erramos de hoje (6/4), onde está dito que a carta assinada por um tal de Raul Guilherme do Norte Lourenço, na verdade, foi escrita e remetida por um tal de Luis Felipe de Araújo Sousa.Então a criteriosa e burocrática Folha não checa as cartas que recebe e publica qualquer coisa que confirme sua linha editorial? E quem garante que esse Luis F. A. Sousa existe? Não será mais uma invenção da redação?
Eu já lhes enviei duas cartas. A segunda, de ontem, me foi solicitada pelo senhor às 17h13. Se tinha tanta urgência de fechar a seção, por que não entrou em contato antes? Apesar disso, enviei a carta na hora que combinamos. O senhor se recorda que me ligou cinco vezes? Recorda que lhe informei que o texto estava com 2.300 caracteres e o senhor me disse que não havia problema? Recorda que é o seu computador que não abre arquivos em doc.x e, por isso, me pediu para enviar novamente. Por esse motivo o texto chegou cinco minutos depois.Ora, sejamos francos ao menos uma vez: a Folha decidiu não publicar a carta não pelos motivos burocráticos alegados, mas pelo seu conteúdo. Não publicou porque quer ter o monopólio da verdade e manipular seus leitores, sem ética e sem princípios.É irônico e ofensivo que o senhor me peça hoje uma terceira carta. Não sou empregado da Folha e não tenho salário dela para trabalhar diariamente em cartas que não serão publicadas. No passado seu jornal divulgava propaganda dizendo que teria o rabo preso com o leitor. Com o leitor, está provado, não tem, mas que tem rabo lá isso tem. E é bem longo, a ponto de chegar aos porões sombrios da década de 70.Já lhe enviei duas cartas. Não escreverei uma terceira. Ponha as desculpas burocráticas de lado, pelo menos uma vez na vida, e escolha uma delas. Ou publique as duas, o que seria muito mais honesto. Além disso, fale com seus chefetes e peça a eles que aceitem o desafio que lhes fiz de publicar a íntegra da entrevista concedida à repórter Fernanda Odilla, ou me garantam um espaço equivalente às duas páginas, com chamada de capa, em que publicaram suas imundícies de domingo.
Áh! Estou enviando cópia desta também ao ombudsman (e a outros articulistas), para checar se ele também vai colocar panos quentes em cima da barbaridade praticada por este periódico contra uma ministra de Estado e a história de nosso país.
Até logo.
Antonio Roberto Espinosa (RG x.xxx.xxx-x).
PS: Por favor, telefone, mande telegrama, ou seja, cheque, confirme, para ter certeza que o autor desta é mesmo a pessoa que a assina!
11 comentários:
Bem feito.
Qem mandou se meter c/ a Rlha golpista, representante da mentira e da calúnia?
O mesmo se aplica ao laranja Eduardo Guimaraes q, como todos os donos de blogoes, nao se contem ao ver holofotes e cameras ...
Babaca, otário.
Qiz passar o bonde e tomou 1 invertida sem igual.
Qdo denunciei o caso do "velhinho" q daria bengaladas em José Dirceu, fato q ainda aconteria, qdo + onde + qem o faria + etc ... essa mesma mídia podre me procurou pedindo matéria e blablabla ...
Foi o assessor de Álvaro Dias qem despachou o ator curitbano prá Brasília, até a agencia de turismo q foi encomendada prá mandar Yves Hublet, etc ... Tudo farsa. Tudo planejadinho, e denunciei o mais rápido possível.
Dirceu nem deu bola, mas talvez por isso, recebeu umas bengaladas prá largar mao de ser papudo, metido a besta.
Qto aos jornalistas?
Mandei a todos tomarem bem no olho do c... deles.
Se irritaram.
O cara da Fábrica Nacional de Dossies e Mentiras (ex-veja) me encheu o saco - ligava a qlqr hora da noite ou do dia ...
Aqela baixaria da Isto É, deu nos nervos.
E a tal da Época (de mentiras)? mandei á merda umas 10 vezes seguidas.
1 jornalista do Rio (jamais Der Göbbels ou Jornal do BRAZIL), me fez trucentas perguntas por telefone, ele no Brasil e eu na Alesmanha, e só respondí mediante garantias de q o q eu falaria seria publica na íntegra. E foi.
Portanto, me orgulho de poder berrar aos 4 ventos q, desse mal eu nao morro.
De novo, babaca, laranja, otário ... se meteu c essa tipo de gente?
Tome noreia!
Boicote é a saída, nao emails nem fazer beicinho.
Inté,
Murilo
Oh seu Cloaca, logo estes Blogs. zédirceu, pha e nassif.
Dize-me os blogs que recomendas e suporei quem és...
Getúlio.
PS: Te larguei!
Pois é, Getúlio. Talvez você volte e peça desculpas. É que, na pressa, você não reparou que quem botou os nomes dos blogs citados no texto não foi este pobre Cloaca, e sim o Professor Espinosa.
Volte, Getúlio, volte!!!
Getúlio,
Vou c/ o Kloakarbejde nessa. Acho q vc bobeou nesse detalhe.
Mas, nem por isso.
Volte, sente-se e vamos comer essa "melancia moderna" juntos.
É ecologica-mente correta: verde por fora, mas vermelhíssima feito Lenin, por dentro.
hehe
Inté,
Murilo
Quando se fala em mortos durante o regime militar, temos que pensar em quem morreu. Um soldado que estava prestando seu serviço militar, não era um "serviçal da ditadura", mas apenas um jovem como tantos outros, que estava fazendo seu dever. Muitos morreram assim. E clientes de bancos, e seguranças de bancos, e pessoas que nada tinham a ver com esta guerra imbecil, travada por um dos lados que acreditava ter a verdade e o povo do lado deles. Tivessem eles ganho esta guerra, como estaríamos hoje? O governo que aí está é uma sombra do que seria um governo totalitário de esquerda. Lula, com certeza, seria um partícipe menor neste esquema, que seria dominado pelos ferozes terroristas de então. Talvez nem estivesse vivo se seus companheiros tivessem ganho. Assim como muitos companheiros de fidel encontraram o paredão...
Neste video o Bispo Edir Macedo abre fogo contra a Folha.
Ainda bem que a Folha tenha medo ou se incomode com alguém neste Pais. É que o coitado do Antonio Spinoza teve suas declarações fraudadas para que a Folha publicssse a capa várias páginas sobre uma história sem pé nem cabeça, uma suposta tentativa de sequestro contra Delfim Neto na década de 70. O coitado do Spinoza, ao ver que sua fala foi fraudada, ficou mendigando por um pequeno espaço para desmentir a Folha na seção de leitores. O dito ficou pelo não dito. É que o Spinoza não tem o poder de fogo do bispo. Assista ao vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=dYHJ9vD2SlQ&feature=related
andre
anônimo das 14:04 de 08 de abril: cuidado, nós temos um agente bem em baixo da sua cama. assim que você dormir ele te fuzila e te serve assado.
talvez eu devesse ter mais paciência com a ignorância, mas não tenho.
Carlos Marques,
Devo concordar. Tem gente que vive num conto de fados, digo fodas, perdão, fadas da Bolha, digo, Folha
A escória do mundo
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio (editorial), 20 de maio de 2008
“Cuanto más alto sube, baja al suelo.” (Frei Luís de León)
Vou resumir aqui umas verdades óbvias e bem provadas, que uma desprezível convenção politicamente correta proíbe como indecentes.
Todo comunista, sem exceção, é cúmplice de genocídio, é um criminoso, um celerado, tanto mais desprovido de consciência moral quanto mais imbuído da ilusão satânica da sua própria santidade.
Nenhum comunista merece consideração, nenhum comunista é pessoa decente, nenhum comunista é digno de crédito.
São todos, junto com os nazistas e os terroristas islâmicos, a escória da espécie humana. Devemos respeitar seu direito à vida e à liberdade, como respeitamos o dos cães e das lagartixas, mas não devemos lhes conceder nada mais que isso. E seu direito à vida cessa no instante em que atentam contra a vida alheia.
Nos anos 60 e 70, a guerrilha brasileira não foi nenhuma epopéia libertária, foi uma extensão local da ditadura cubana que, àquela altura, já tinha fuzilado pelo menos dezessete mil pessoas e mantinha nos cárceres cem mil prisioneiros políticos simultaneamente, número cinqüenta vezes maior que o dos terroristas que passaram pela cadeia durante o nosso regime militar, distribuidos ao longo de duas décadas, nenhum por mais de dois anos – e isto num país de população quinze vezes maior que a de Cuba. Nossos terroristas recebiam dinheiro, armas e orientação do regime mais repressivo e assassino que já houve na América Latina, e ainda tinham o cinismo de apregoar que lutavam pela liberdade.
Agora que estão no poder, enchem-se de verbas públicas e justificam a comedeira alegando que o Estado lhes deve reparações. O dinheiro do Estado é do povo brasileiro e o povo brasileiro não lhes deve nada. Eles é que devem aos filhos e netos daqueles que suas bombas aleijaram e seus tiros mataram.
Perguntem aos cidadãos, nas ruas: “O senhor, a senhora, acham que têm uma dívida a pagar aos terroristas, pelo simples fato de que a violência deles foi vencida pela violência policial? O senhor, a senhora, acham justo que o Estado lhes arranque impostos para enriquecer aqueles que se acham vítimas injustiçadas porque o governo matou trezentos deles enquanto eles só conseguiram, coitadinhos, matar a metade disso?”
Façam uma consulta, façam um plebiscito. A nação inteira responderá com o mais eloqüente NÃO já ouvido no território nacional.
É claro que os crimes que esses bandidos cometeram não justificam nenhuma barbaridade que se tenha feito contra eles na cadeia. Mas justifica que estivessem na cadeia, embora tenham ficado lá menos tempo do que mereciam. E justifica que, surpreendidos em flagrante delito e respondendo à bala, fossem abatidos à bala.
Mas eles não acham isso. Acham que foi um crime intolerável o Estado ter armado uma tocaia para matar o chefe deles, Carlos Marighela, confessadamente responsável por atentados que já tinham feito várias dezenas de vítimas inocentes; mas que, ao contrário, foi um ato de elevadíssima justiça a tocaia que montaram para assassinar diante da mulher e do filho pequeno um oficial americano a quem acusavam, sem a mínima prova até hoje, de “dar aulas de tortura”.
Durante a ditadura, muitos direitistas e conservadores arriscaram vida, bens e reputação para defender comunistas, para abrigá-los em suas casas, para enviá-los ao exterior antes que a polícia os pegasse. Não há, em toda a história do último século, no Brasil ou no mundo, exemplo de comunista que algum dia fizesse o mesmo por um direitista.
Sim, os comunistas são diferentes da humanidade normal. São diferentes porque se acham diferentes. São inferiores porque se acham superiores. São a escória porque se acham, como dizia Che Guevara, “o primeiro escalão da espécie humana”.
Eles têm, no seu próprio entender, o monopólio do direito de matar. Quando espalham bombas em lugares onde elas inevitavelmente atingirão pessoas inocentes, acham que cumprem um dever sagrado. Quando você atira no comunista armado antes que ele o mate, você é um monstro fascista.
Por isso é que acham muito natural receber indenizações em vez de pagá-las às vítimas de seus crimes.
Quem pode esperar um debate político razoável com pessoas de mentalidade tão deformada, tão manifestamente sociopática?
Um comunista honesto, um comunista honrado, um comunista bom, um comunista que por princípio diga a verdade contra o Partido, um comunista que sobreponha aos interesses da sua maldita revolução o direito de seus adversários à vida e à liberdade, um comunista sem ódio insano no coração e ambições megalômanas na cabeça, é uma roda triangular, um elefante com asas, uma pedra que fala, um leão que pia em vez de rugir e só come alface. Não existiu jamais, não existe hoje, não existirá nunca.
Esta última carta é uma lição, não de Jornalismo, mas de moral, de ética, coisas que a FSP e o PIG aboliram do seu manual.
Lamento que muitos comentaristas fiquem culpando o sr. Spinosa por ter dado a entrevista por telefone, ou mesmo por ter falado para a Folha. Parece o pessoal que acusa Protógenes, poupando Daniel Dantas e outros verdadeiros culpados.
Meu Deus,
Não acredito que a Folha do Comércio tenha permitido a veiculação de tal matéria. Isso é inacreditável.
Apesar de quase ter seu 1º aniversário de publicação, mais parece uma peça da idade média.
Fazer comentário para desacreditar ou desarticular "as acertivas" do tal de Olavo é perda de tempo, mas recomendo o livro "BRASIL NUNCA MAIS".
Postar um comentário