quarta-feira, 31 de agosto de 2011

PERSEGUIÇÃO A BLOGUEIROS: CAPO DA FOLHA TERÁ QUE DAR EXPLICAÇÕES NA CÂMARA


Em reunião ocorrida na tarde desta quarta-feira, a Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, o requerimento de autoria do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que pediu audiência pública para debater o que ele chamou de “silêncio da mídia no caso de censura imposta pelo jornal Folha de S. Paulo ao site Falha de S. Paulo”, referindo-se à perseguição empreendida pela corporação mafiomidiática Folha de S.Paulo ao blogueiros Lino e Mario Ito Bocchini, criadores do blog Falha de S.Paulo.

Durante a sessão, foi notada na plateia a presença dos mafiosos da Barão de Limeira, que tentaram, a todo custo, cooptar os parlamentares membros da Comissão para rejeitar o requerimento.

Até o final de setembro serão chamados a Brasília, além dos blogueiros, o chefão da gazeta paulista, Otávio Frias Filho, bem como seus prepostos Sérgio Dávila, Taís Gasparian e Vinicius Mota. O deputado Pimenta confirmou que convidará também representantes da ANJ, FENAJ,OAB e CNJ. “Acredito que será uma excelente oportunidade para debatermos liberdade de expressão no Brasil e seus limites”, disse o parlamentar gaúcho.

COMISSÃO DA CÂMARA VOTA HOJE AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE PERSEGUIÇÃO DA FOLHA A BLOGUEIROS


Será realizada nesta quarta-feira, 31, na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, a votação do requerimento que pode garantir a realização de audiência pública sobre a perseguição empreendida pela corporação mafiomidiática Folha de S.Paulo ao blog Falha de S.Paulo. Não será fácil a aprovação: segundo a Falha, os mafiosos da Barão de Limeira estão fazendo forte lobby junto a parlamentares pela não-aprovação do pedido, e estarão presentes na votação (extra-oficialmente e sem se identificar). O requerimento é de autoria do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que pediu a audiência para debater o que ele chamou de “silêncio da mídia no caso de censura imposta pelo Folha de S. Paulo ao site Falha de S. Paulo”.
Em caso de aprovação, será marcada uma data e serão feitos os convites para os debatedores. Do lado da Falha, o parlamentar gaúcho propõe convidar os dois irmãos criadores do site, Lino e Mario Ito Bocchini. Do lado da Folha, ele quer chamar Otávio Frias Filho (capo da Folha, ao lado de seu irmão Luís), Sérgio Dávila (diretor de redação do "jornal"), Taís Gasparian (advogada que criou e assina a peça de censura) e Vinicius Mota (Secretário de Redação da Folha).
Em caso de não-aprovação, não será difícil descobrir quem são os traíras. Veja a seguir quem são os membros da Comissão de Legislação Participativa:
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Fernando Ferro -PT/PE
Fátima Bezerra - PT/RN
Fernando Marroni -PT/RS
Leonardo Monteiro -PT/MG
Paulo Pimenta - PT/RS   
Marina Santanna -PT/GO
Miriquinho Batista -PT/PA
Pedro Uczai -PT/SC
Luiz Fernando Machado - PSDB/SP
Roberto Britto -PP/BA
Waldir Maranhão -PP/MA
Paulo Magalhães -DEM/BA
Glauber Braga -PSB/RJ
Jose Stédile -PSB/RS
Luiza Erundina - PSB/SP
Sebastião Bala Rocha -PDT/AP   
Paulo Rubem Santiago -PDT/PE 
Arnaldo Jordy - PPS/PA
Antonio Brito - PTB/BA
Silas Câmara - PSC/AM
Erivelton Santana  -PSC/
Vitor Paulo -PRB/RJ
Dr. Grilo - PSL/MG
Jânio Natal - PRP/BA
Edivaldo Holanda Junior -PTC/MA 
 
Estamos de olho.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

ESCÁRNIO! JUIZ FEDERAL CATARINENSE DIZ QUE RBS NÃO É OLIGOPÓLIO



 Deu no Espaço Vital:

Foi publicada ontem, 4 de agosto, a sentença que decidiu pela improcedência dos pedidos feitos em ação civil pública por meio da qual o Ministério Público Federal de Santa Catarina pediu que fosse judicialmente anulado o ato de aquisição do jornal A Notícia pelo Grupo RBS, "restabelecendo-se a propriedade dos titulares anteriores".
O MPF formulou também pedido alternativo: a alienação do periódico a terceiros sem qualquer vinculação empresarial com a RBS. Na mesma ação, foi pedida ainda, "a condenação dos réus na obrigação de fazer consistente na redução das emissoras de televisão do Grupo RBS ao máximo permitido, qual seja, duas (Dec.Lei nº. 236/67, transferindo as demais a outros titulares sem vínculo empresarial ou pessoal".
Ao sentenciar, o juiz Diógenes Marcelino Teixeira, da 3ª Vara Federal de Florianópolis (SC) optou pelo reconhecimento de que "o processo de aquisição do controle acionário do Jornal A Notícia S/A Empresa Jornalística pela empresa Zero Hora Editora Jornalística foi submetido ao crivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE".
Segundo o magistrado, "devo limitar-me a aferir a regularidade e legalidade do processo administrativo em questão, ou seja, constatar se houve o atendimento das formalidades constitucionais e legais, pois é defeso ao Poder Judiciário substituir a vontade da autoridade administrativa no tocante às decisões tomadas no âmbito da autarquia encarregada, entre outras atribuições, de decidir sobre a existência de infração à ordem econômica".
No dia 10 de dezembro de 2008, o MPF de Santa Catarina ingressou com a ação, fundada nas conclusões de inquérito civil conduzido pelo procurador da República do município de Tubarão (SC) Celso Tres. Na demanda foi pedida a implantação de uma programação local, a diminuição do número de emissoras da empresa no RS e em SC e a anulação da compra do jornal A Notícia, que é editado em Joinville.
Desde que o MPF decidiu em janeiro de 2007, pelo ingresso da ação, a preparação dela consumiu quase dois anos até ser finalizada e contou com a participação de quatro procuradores federais.
"É um escândalo, porque em Santa Catarina não existe nenhum jornal de expressão que não pertença ao Grupo RBS",
afirmou à época Celso Tres.
A demanda foi proposta contra nove empresas de comunicação, a União, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e os empresários Nelson Sirotsky (presidente do Conselho de Administração do Grupo RBS) e Moacir Tomazi (ex-detentor do controle do jornal editado em Joinville/SC).
O Cade foi réu por permitir que o grupo RBS comprasse o jornal A Notícia; a Uniãofoi demandada por causa da omissão do Ministério das Comunicações, que concedeu ao Grupo RBS a aquisição de várias mídias em nome de pessoas da mesma família.
Apesar dos veículos de comunicação do Grupo RBS estarem em nome de pessoas diferentes, o procurador Celso Tres afirma que elas pertencem à mesma família.
A ação civil pública questiona o impacto social do oligopólio do Grupo RBS sobre a comunidade. "No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina são 18 emissoras de televisão, dezenas de estações de rádio e uma dezena de jornais. Um veículo catapulta o outro; isso é muito mais grave do que ter um oligopólio de chocolate, cerveja ou de telefonia celular, porque estamos lidando com a essência do Estado democrático, ou seja, o direito à informação" - afirma a petição inicial. 
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O MPF já recorreu ao TRF. O capo da organização mafiomidiática prossegue como réu de colarinho branco na Primeira Instância da Justiça Federal do RS.