sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Manchetes antológicas

Um teólogo francês, após exaustivas pesquisas, descobriu que Santa Terezinha teve três filhos. A descoberta, absolutamente, não comprometia o prestígio da santa, já que nada mais santo para uma mulher que ser mãe. Mas como constava no seu processo de canonização que ela era virgem, foi nomeada uma comissão no Vaticano para rever o processo. A notícia era só essa. Todos os jornais a publicaram discretamente, como convinha a uma notícia de caráter religioso, numa página interna. Todos não. O Luta Democrática, antigo jornal carioca especializado em assuntos policiais, estava sem manchete naquele dia. E quem pagou o pato foi a pobre Santa Terezinha. Na primeira página, em letras garrafais, ao lado de uma foto da santa, saiu a seguinte manchete: “PASSAVA POR VIRGEM”. Uma questão de estilo. O Estado de S. Paulo, por exemplo, a despeito de seu atual estágio de dejetório, sempre foi o máximo em discrição. Seu leitor habitual sempre soube que não é o título que o atrairá para a notícia, tal o esforço que o jornal faz (ou fazia) para limpar o sensacionalismo de qualquer notícia. Por exemplo: quando morreu o cantor Francisco Alves, o Brasil inteiro parou. Todas as emissoras de rádio modificaram sua programação normal para transmitir as músicas do cantor. Os jornais deram a notícia do acidente que o matou em manchete de primeira página. Mas O Estado de S.Paulo manteve sua discrição e deu a notícia com o seguinte título: “ACIDENTE NA VIA DUTRA”. Conclusão: leitor do Estadão que não se interessa por acidentes de trânsito não sabe até hoje que Francisco Alves morreu. Se para o diário dos quatrocentões da Marginal Tietê o título não é tão importante assim, para quase todos os jornais ele é quase fundamental. Tanto que, pelos idos de 1940, o extinto vespertino A Noite, do Rio de Janeiro, dava um prêmio de cem mil réis ao redator que fizesse a melhor machete da semana. Orestes Barbosa, o compositor de Chão de Estrelas, era redator de A Noite e ganhou o prêmio numa semana em que deu o seguinte título para a notícia de uma mulher que havia castrado o marido porque este a traía diariamente: “CORTOU O MAL PELA RAIZ”. Adultério e castração sempre foram excelentes assuntos para manchetes de jornais policiais. O inesquecível Notícias Populares, de São Paulo, e O Dia e Luta Democrática, do Rio de Janeiro, adoravam um bom adultério e cada um explorava-o à sua maneira. Quando não era encontrada uma frase apenas para vender o assunto à primeira vista, o jornal colocava outra frase, antes ou depois do título. Assim, para um caso de adultério, O Dia publicou: “Pensou que era dor de dente mas a verdade era outra... O GEMIDO ERA IMORAL”. Nesta, o clímax vinha na manchete propriamente dita, mas nesta outra, também de O Dia, vinha na frase subseqüente: “QUASE FOI CASTRADO A DENTE ...Se não dou meu pulinho para trás, nunca mais...” (a notícia era de um camarada que foi atacado por um cachorro quando este entrava numa casa). Uma boa técnica de manchete de jornais policiais é a do duplo sentido. O Luta, só pelo duplo sentido, levou para manchete a simples notícia de uma jovem fora internada em um pronto-socorro intoxicada por um hot dog: “CACHORRO FEZ MAL À MOÇA”. O Dia foi um pouco mais sutil na manchete publicada no dia seguinte ao que o cantor Sérgio Ricardo atirou seu violão sobre a platéia da TV Record, de São Paulo, num de seus festivais de música popular: “VIOLADA NO AUDITÓRIO”. Há quem despreze esse tipo de jornalismo. Mas só quem o faz sabe que ele exige um grande esforço criativo, pois as notícias diárias são praticamente as mesmas, só mudam os nomes: assassinatos, acidentes de trânsito, suicídios etc. Apostamos com o leitor: um jornal qualquer, de grande circulação, publicará os seguintes títulos às vésperas de Finados: “FLORES SERÃO TABELADAS” ou FLORES NÃO SERÃO TABELADAS”. E mais uma reportagem sobre o preço dos enterros, com um título considerado na hora como um grande achado: “O PREÇO DO ENTERRO PELA HORA DA MORTE”. É preciso que, anualmente, o secretário de redação dê uma olhada na coleção de jornais dos anos anteriores, para não repetir os titulos. Mas, sem exagerar, para não acontecer o que aconteceu com a Folha de S. Paulo, que certa vez deu o seguinte título para uma matéria sobre o preço dos enterros: “JÁ NÃO VALE A PENA MORRER”. Como se um dia já tivesse valido a pena... O título é importante, inclusive, numa crítica de cinema, teatro, literatura etc. Por exemplo: há muitos anos, quando José Mauro de Vasconcelos lançou um livro, bastou ler o título da crítica, feita pelo Jornal da Tarde, para saber que o crítico não tinha gostado nem um bocadinho do livro: “JOSÉ MAURO DE VASCONCELOS ANDOU ESCREVENDO OUTRA VEZ”. Os anos da chamada Guerra Fria indicavam um confronto iminente entre Estados Unidos e União Soviética. Os comunistas brasileiros faziam tudo para prejudicar o prestígio ianque no Brasil. É verdade que exageravam de vez em quando, como na prisão do engraxate Zé Bodinho, em Fortaleza, acusado de vender o jornal comunista O Democrata. Eis a manchete publicada no dia seguinte ao da prisão: “TRUMMAN MANDA ESPANCAR ZÉ BODINHO” (naturalmente, entre um problema e outro relacionado com a Guerra da Coréia, o presidente Harry Trumman reuniu seus principais assessores para tratar do caso Zé Bodinho, o seu terrível inimigo do Ceará). Mas não é só polícia e política que dão títulos interessantes. Há um de esporte, feito por Armando Nogueira, para uma matéria sobre o jogador Ademir da Guia, no início de sua carreira: “ADEMIR DA GUIA: NOME, SOBRENOME E FUTEBOL DE CRAQUE” (para quem não sabe, Ademir – do Vasco – foi o artilheiro da Copa de 50, e Da Guia era o Domingos, pai de Ademir, do Palmeiras). Há uma enorme variedade de assuntos para títulos. Até a Botânica poderia ter contribuído para uma manchete, se fosse aceita a sugestão de José Ramos Tinhorão, num dia em que o antigo DIÁRIO CARIOCA estava sem assunto para manchete. Tinhorão descobriu um telegrama informando que cientistas russos, após demoradas pesquisas, conseguiram que um planta florescesse em plena neve, no Círculo Ártico. A manchete sugerida por Tinhorão, infelizmente, foi recusada: “NASCE UMA FLOR NO POLO NORTE”.

Análise bacteriana

Nem precisa de microscópio

A olho nu, percebe-se facilmente que o Jornalismo de Esgoto dispensa enorme apreço aos seus coliformes favoritos.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Pequeno, mas...

Nosso leitor John Cutrim, de São Luís, MA, nos escreve uma gratificante mensagem, em que afirma já ter virado freguês do Cloaca News. Ele trabalha no Jornal Pequeno, diário fundado em 1951 pelo jornalista José de Ribamar Bogéa, na contramão da imprensa local da época, vinculada a grupos e partidos políticos. Nas palavras de John, "o Jornal Pequeno, desde sua fundação, tem o papel de guardião dos verdadeiros interesses do povo maranhense. Não dos interesses que tentam induzir o povo a acreditar, mas dos reais e cristalinos interesses dessa coletividade consciente, que confia no Jornal Pequeno porque sabe que pode contar com ele na hora que realmente precisa". Cutrim aproveita e pede para divulgarmos o novo projeto do jornal: os JP Blogs, "todos comprometidos em divulgar notícias com conteúdo independente voltado sempre e principalmente a serviço da opinião pública". Que assim seja, John!

Conversa de sabujos

Deu no excelente RS Urgente, de Marco Aurélio Weissheimer:
Os porta-vozes de Mendes, Yeda e Fogaça
Diálogo edificante, hoje, no programa Sala de Redação, da rádio Gaúcha, entre duas sumidades da mídia gaúcha, comparando, de modo esdrúxulo, um protesto de torcedores em um treino do Grêmio e as manifestações em frente ao Palácio Piratini:
Wianey Carlet: “...ir encher o saco do time que está treinando, ir encher o saco do prefeito e da governadora, é a mesma coisa. Tem que respeitar quem está trabalhando (...) Colocar um carro de som na janela da governadora, do prefeito, isso é invasão...
" Kenny Braga: “Quando há manifestações de rua, sempre sobram críticas para a Brigada. Se a Brigada não estivesse lá, o que ocorreria com o palácio?”
Wianey Carlet: “Nada, porque aquela manifestação (Marcha dos Sem) foi pré-eleitoral, foi muito bem conduzida, provocada para ter aquele resultado. O que tá acontecendo aqui é a intransigência, o radicalismo (dos manifestantes)..."
Para quem não vive no Rio Grande do Sul, o Cloaca News informa: a Rádio Gaúcha é o carro-chefe radiofônico do grupo RBS.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Eles não perdem por esperar…

Com apenas cinco dias de vida, este humilde blog contabiliza, até o momento em que estas linhas estão sendo escritas, quase 500 visitantes únicos. Como dissemos na postagem inaugural, nosso domínio dos recursos e das ferramentas de edição teria que ser aprimorado aos poucos e que, por isso mesmo, você que nos lê teria que nos dar um crédito.
Estes primeiros cinco dias já nos ensinaram muita coisa. E, mais importante: nos deram a noção da enorme responsabilidade que assumimos ao lidar com a informação ou com a crítica da própria. Não somos – nem nunca tivemos a pretensão de sê-lo – algo do gênero Observatório da Imprensa, organismo que admiramos e freqüentamos, a despeito do tucanismo explícito exibido pelo seu mentor.
A bem da verdade, nosso propósito é apenas o de denunciar, ridicularizar e – por que não? – esculhambar o que já se convencionou chamar de Jornalismo de Esgoto e, por tabela, os profissionais dedicados a tal prática fedorentina. Temos, todavia, alguns preceitos. Avacalhar, sim, mas jamais nos aproximarmos da torpeza de um Mainardi ou de um Azevedo, por exemplo (a propósito: os tubérculos deles já estão assando no forno do Cloaca News...).
Nosso blog está sediado em Porto Alegre, mas nossa aspiração é federal. O Jornalismo de Esgoto espraia-se do Caburaí ao Chuí, da Contamana à Ponta do Seixas. E justamente por não possuirmos o dom da ubiqüidade é que, neste momento, fazemos esta convocação geral. Precisamos de sua colaboração para atacar os ratões da imprensa venal de todo o país. Queremos o seu testemunho, a sua opinião e as suas impressões sobre o Jornalismo de Esgoto que corre a céu aberto aí na sua região.
Entre nossos quase 500 leitores destes primeiros dias, já encontramos amigos de toda a parte do país, até mesmo de uma remota localidade amazônica não identificada pelo nosso sistema de monitoramento. Incrível mesmo é saber que estão nos lendo na Rússia, no Japão e até – pasme – na Bósnia e no Egito.
Então, ficamos assim. Você passa a fazer parte de nosso time de olheiros. Não importa se o veículo é grande ou pequeno. Se é rádio, TV ou jornal. Sentiu aquele indefectível odor no ar (ou nas páginas)? Escreva-nos. Se preferir um conversa reservada e não quiser se expor, use o nosso endereço eletrônico: cloacanews@gmail.com
Vamos botar essa matula pra correr! Roto-rooter neles!!!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Censura na Globo. Outra vez.

Os velhos tempos de Dona Solange estão de volta Três dias depois de retirar do ar um spot dos bancários, na CBN, as Organizações Globo desferem nova porretada contra o sagrado direito à informação. Desta vez, sequer deixaram que fosse veiculado o filme publicitário dos policiais civis de São Paulo, em que estes pedem apenas para serem recebidos pelo governador tucano José Serra para negociar uma justíssima pauta de reinvidicações. Para assistir ao filme "proibido" e saber o que os policias paulistas reinvidicam, dê uma porretada aqui.

Tire as crianças da sala

Leia antes de assistir

O nome dele é Lasier. Lasier Martins. Quem não vive no Rio Grande do Sul, não sabe do que está se livrando. Trata-se do "comentarista" do Jornal do Almoço, na RBS TV, de que já tratamos há alguns dias. Este cavalheiro ficou mundialmente famoso por ocasião de uma Festa da Uva, em Caxias do Sul, quando levou um espetacular choque elétrico ao tocar - veja você - em um cacho de Cabernet Sauvignon (veja aqui as cenas chocantes). Mas, dizíamos, Lasier Martins é uma espécie de cérbero (não confunda com cérebro) das oligarquias guascas e o porta-voz da Camorra sirotskiana. Enquanto o PT esteve na prefeitura de Porto Alegre, as pautas do loquaz Sr. Martins iam desde os buracos nas ruas dos bairros periféricos até a temperatura do ar-condicionado dentro dos ônibus da Carris, a empresa municipal de transporte coletivo. Qualquer coisa valia para desgastar o PT e apeá-lo do Paço Municipal. Por ocasião da vitória de Germano Rigotto ao governo estadual - e a conseqüente derrota de Tarso Genro e do PT - , este senhor chegou a comemorar o feito com espumante, ao vivo, na TVCOM, o canal comunitário da RBS. Veio em seguida a eleição de José Fogaça à prefeitura de Porto Alegre e, a julgar pelas falas de Lasier, todos os buracos da cidade foram tapados e a temperatura interna dos coletivos, agora sim, estava civilizada. O zeloso comentarista passou, então, a tratar de temas "federais": febre amarela, apagão, caos aéreo, inflação, dossiê, grampo... Com a eleição da tucana Yeda Crusius ao Piratini, parecia que todos os problemas de Lasier haviam terminado. Mas...eis que o "novo jeito de governar" começou a mostrar sua verdadeira cara. O escândalo do Detran gaúcho, que escapou do controle da RBS, revelou que o próprio Lasier era beneficiário de mimos por parte da autarquia estadual. Sobre isso, bico calado. A ordem era blindar a governadora, desviar o foco das falcatruas para personagens de terceiro escalão. Entra em cena a mansão de Yeda, comprada logo após a eleição com dinheiro suspeito em operação idem. Bah, um escandalaço! A tenebrosa transação imobiliária, por força da repercussão que teve, invadiu a pauta do Jornal do Almoço.

Naquele início de tarde ensolarada, a apresentadora dá a notícia e passa a bola para o refulgente comentário do denodado Lasier.

Agora, sim, tome um Dramin e assista ao vídeo - só o primeiro minuto basta.

O maior megalomaníaco do mundo

A propósito da fusão das casas de usura: este é o mais jovem blog sobre imprensa de esgoto do hemisfério sul. E o maior de todos numa certa travessa da Estrada da Serraria, zona sul de Porto Alegre.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

É mais embaixo

A gazeta da Barão de Limeira noticiou assim, em sua versão digital: Itaú e Unibanco criam o maior grupo financeiro do hemisfério . Os quatrocentões da Marginal Tietê assim noticiaram: Itaú e Unibanco assinam fusão e serão maior grupo financeiro do hemisfério . No G1, o sub-título esclarece: Banco deverá ser o maior do hemisfério sul, segundo comunicado. É assim que funciona a coisa. Os tios da grana distribuem o press release e a nossa gloriosa e atolambada imprensa cumpre seu dever cívico de informar. Nem um parzinho de aspas, para botar um molho nesta baboseira hemisférica. Observe bem, cara leitora, caro leitor: quando alguém do governo federal diz alguma coisa, há sempre umas aspas no título, como que a destilar fina ironia. No caso desse portentoso negócio, apenas registre-se.
Continue observando, cara leitora, caro leitor, e repare bem no mapa-múndi acima: abaixo da linha do Equador, não tem pra ninguém. Ufanem-se, brasileiros!!!

Três letrinhas sinistríssimas

Tente imaginar a soma dos poderes destruidores dos seguintes impérios: Globo + Abril + Folha + Estadão. Agora, eleve o resultado ao quadrado. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o produto dessa macabra aritmética atende pelo nome de RBS - Rede Brasil Sul de Comunicação. Com 60 empresas e quase 6 mil funcionários, o conglomerado absorve hoje quase 70 por cento dos investimentos publicitários desses dois estados. Se no Rio Grande do Sul o grupo ainda encontra alguns tímidos e inexpressivos concorrentes, em Santa Catarina não tem para ninguém; na área de jornais, por exemplo, o monopólio da informação é absoluto. A propósito, veja o que escreveu Nivaldo Manzano, em memorável artigo a respeito dessa organização: "Distinguida com concessões públicas e generosidades durante a ditadura militar, em troca de sua adesão ao regime, a RBS conquistou ao longo do tempo tal poder de influência sobre a opinião pública da região Sul do País que se acreditava um verdadeiro partido político, o partido da família Sirotsky. Entre seus muitos feitos na política, o Partido Sirotsky fez de um de seus ex-funcionários governador do Rio Grande do Sul (Antônio Britto) e de outro, porta-voz do Palácio do Planalto (Alexandre Garcia). Mas até hoje nenhum Sirotsky assumiu a política na primeira pessoa. Fiel à sua estratégia de amealhar fortuna mediante o aumento do poder de influir sobre a sua audiência, o clã sempre preferiu mandar em quem manda, com o que se poupou do desgaste eventual de quem se submete ao crivo das urnas. "Para que ser ministro, se disponho do poder de nomeá-los?" - argumentava o mago das comunicações Assis Chateaubriand, dos Diários Associados. Foi assim até o momento em que o Partido Sirotsky - com o lema "Rio Grande Vencedor" -, tendo como candidato à reeleição o então governador Antônio Brito -, perdeu para Olívio Dutra, o candidato petista da Frente Popular. Não estranha que o ressentimento tenha incubado o desejo de sentir o cheiro de sangue." Deste umbroso império midiático trataremos amiúde aqui no Cloaca News. Histórias tenebrosas, personagens hediondos, colunistas sórdidos e comentaristas velhacos desfilarão por este sodalício. Seja forte!!!

domingo, 2 de novembro de 2008

Sobre nosso logotipo

Na Roma Antiga, lá pelas priscas do século VI a.C., Tarquínio Prisco, também conhecido como Tarquínio, o Soberbo, construiu a Cloaca Maxima, uma portentosa rede de esgotos que virou referência para o resto do mundo civilizado. Quando o Império Romano caiu, ela ainda funcionava bem. Capice?