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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

CARTA ABERTA À RENATA MALKES

A respeito do "escândalo" envolvendo seu nome, a jornalista Renata Malkes, correspondente no Oriente Médio do canal Globonews e do jornal O Globo, publicou em seu blog "O outro lado da Terra Santa" uma "nota de esclarecimento", que você poderá ler clicando aqui. O que nos cabe dizer é o seguinte:
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Shalom, Rinat! O blog que primeiro divulgou as informações de seu passado militante foi o Cloaca News. Se você leu com atenção as duas postagens nossas a seu respeito, notou que EM MOMENTO ALGUM lhe fizemos qualquer "acusação", muito menos utilizamos adjetivos degradantes ou insultos. Obviamente, não deve ter sido agradável para você o reencontro com aqueles textos "do passado", principalmente em um momento como o atual. Você afirma agora "ter vergonha de determinadas posições que tive", e, acredite, não temos nenhuma razão para acreditar no contrário. Acontece que você é a correspondente do maior grupo de comunicação do país naquela região conflagrada. O material que você envia, queira ou não, está impregnado, em maior ou menor grau, com as suas vivências e envolvimentos. E aquele Balagan, seu velho companheiro de desabafos, nos mostrou a dimensão de sua militância, a ponto de ter recebido do jornal israelense Yediot Aharonot o epíteto de "warblog". Dizer AGORA que você "mudou", e que adquiriu a "percepção acerca dos fatos e do significado do sentimento de humanismo" significa admitir que nossa primeira postagem não pecou pela invenção ou pela injúria. Repare, garota, que os links que apresentamos colocam os leitores diretamente em contato com as coisas que você mesma escreveu, na íntegra, daí nosso estranhamento com essa conversa de que "diversos de seus trechos foram cortados, manipulados e interpretados de maneira maldosa". Balela! E, se nos permite dizer dessa maneira, É MENTIRA que você postava aquelas coisas "antes de atuar como repórter de O Globo ou qualquer outro veículo de comunicação por aqui". Eis a prova (role a tela para terça-feira, maio 21, 2002; sub-título "Acabou-se o que era doce"). Sobre nossa segunda postagem, com a encrenca em que você se meteu no Líbano (tentando entrar no país ocultando sua cidadania israelense), também não inventamos nada. A propósito, nesta postagem utilizamos um único adjetivo em referência à sua pessoa - "repórter-soldado" - , que, convenhamos, não é insultuoso, ofensivo ou degradante. Como era de se esperar, pelas coisas que "estavam" no Balagan, muitos comentaristas manifestaram-se, vários até com certa contundência. Para seu governo, deletamos algumas mensagens mais virulentas, em respeito à sua dignidade. O mais importante, porém, é que você talvez não tenha percebido que nosso "alvo" não era e não é você, e sim o seu empregador (se fôssemos cínicos e cruéis, estaríamos nos referindo à repercussão de seu caso como "dano colateral"; se preferir: collateral damage). Por acaso, sua chefia da Globo aqui no Brasil tinha conhecimento de suas posições humanistas sobre os árabes em geral e palestinos em particular, antes de lhe confiar a tarefa de correspondente no Oriente Médio? Como você mesma diz, "a verdade sempre vem à tona na hora certa". Bidu!!! Ex corde, Cloaca News
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Atualização (às 19h)
Por volta das 17:45h de hoje (hora de Brasília) todos os arquivos do blog "Balagan" foram apagados do Wayback Machine.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

REPÓRTER DA GLOBO EM ISRAEL JÁ FOI PRESA NO LÍBANO POR "ESPIONAGEM"

Em julho de 2007, segundo informações divulgadas na época pelo jornal canadense Corriere Canadese, a repórter Renata Malkes, correspondente da Rede Globo no Oriente Médio, foi presa por autoridades libanesas por falsidade ideológica e "espionagem". Renata tem dupla cidadania - israelense e brasileira - e estava no sul do país, próximo a Linha Azul, que há vários anos separa o Líbano de Israel. À época, Renata também trabalhava para o jornal israelense Yediot Aharonot - o mesmo que, tempos antes, havia distinguido seu blog "Balagan" como um "warblog", pela excelência da propaganda sionista. Junto com ela também foi detida outra jornalista, Lisa Goldman, nascida no Canadá. Para ler a notícia do Corriere Canadese, clique aqui. O caso ganhou certa repercussão na imprensa dos países da região. Cobriram o episódio, entre outros veículos, o jornal Daily Star, do Líbano, a TV Al Jazeera, do Catar e uma batelada de jornais e TVs israelenses. De volta à Israel, em 16/07/2007 Renata Malkes postou a seguinte mensagem em seu blog "O outro lado da Terra Santa (o Oriente Médio que você nunca viu)", homiziado no portal do jornal O Globo: "A gente sabe que fez uma coisa grande quando abre a porta para o entregador de pizza e ele diz "Eu te vi na TV esses dias. Não foi você que esteve no Líbano?". Se não estivesse morta de fome, acho que tinha fechado a porta de tanta vergonha. É, minha visita ao Líbano deu muito o que falar aqui na Terra Santa. Além da produção de uma série especial para a TV Record e duas matérias em O Globo, publiquei ainda uma série de três reportagens no Ynet onde já trabalhei no passado, e no jornal Yediot Aharonot. Podem espiar a série aqui, aqui e aqui. Pois é. Uma rápida visita de 12 dias ao país dos cedros acabou me dando cinco minutinhos de fama aqui em Israel. Dei entrevistas em rádio e tv e trabalhei horrores para fechar o material de todos os veículos a tempo. Ao contrário do que muita gente pensa, no entanto, não deu para curtir o pequeno sucesso muito não, viu? O estresse não permitiu. Em fração de segundos, a fama cruzou fronteiras e esta humilde blogueira virou manchete ainda na Al Jazeera e na TV Al Manar, a tv do grupo guerrrilheiro xiita Hezbollah. O grupo não gostou nada de saber que uma repórter brasileira-israelense andou circulando pelo território libanês e, segundo fontes libanesas, minha cabeça está "a prêmio"por lá. Afinal, "como pode ser que um inimigo sionista circule livremente pelo Líbano?" (sic). Pena. Foi uma jornada longa e posso dizer que a mais difícil dos meus nove anos de carreira como jornalista. Mentir sobre a origem, evitar detalhes da vida em conversas informais e enganar pessoas que me ajudaram tanto foram tarefas terríveis e eu confesso ter sofrido bastante por conta disso. Foi o preço que paguei para cumprir minha missão. Ocultei e preservei todas as fontes, não revelei detalhes de locações, não falei mal de ninguém e, ainda assim, querem minha cabeça no Hezbollah pelo simples fato de ter vindo de Israel. Enfim, estou de volta. Muito chateada com toda a repercussão do caso, mas feliz por ter feito um bom trabalho. O pior de tudo isso é constatar que vivemos num mundo ruim , cheio de ódio [grifo do Cloaca]. Não que não soubesse disso, mas sentir esse ódio na pele é muito diferente. Angustiante. Desde os dias em que circulei pela cosmopolita Beirute, pelo belíssimo Vale do Beqaa e pelos vilarejos semi-destruídos do sul do Líbano, ficava imaginando qual seria a reação de dezenas de pessoas que sorriam para mim e me tratavam tão bem se soubessem de onde eu vinha. Foi uma pergunta que nunca calou. Desafios que a profissão impõe. São os chamados ossos do ofício mesmo. A partir de amanhã vou contar em alguns posts os bastidores da aventura no Líbano. A foto é em Naqura, no sul do país. A palavra do dia em hebraico hoje é "itkarvut". Em bom português, "aproximação"."
. Algumas observações deste nosso Cloaca News: ao dizer que "não falei mal de ninguém e, ainda assim, querem minha cabeça no Hezbollah pelo simples fato de ter vindo de Israel", a repórter-soldado talvez não tivesse levado em conta que os insultos que ela dirigiu aos árabes em geral ("burros", mentirosos" etc) ainda estavam disponíveis em seu "warblog" Balagan. Ela só lembrou de deletar as postagens no dia 11 de agosto.
Sobre a "palavra do dia", no final do post, só pode ser um chiste, é ou não é?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

REPÓRTER DA GLOBO NO ORIENTE MÉDIO SERVIU O EXÉRCITO DE ISRAEL

Correspondente da Globonews e do jornal O Globo não esconde seu desprezo pelos palestinos e diz que árabes são "burros" e "mentirosos"
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Antes de ser a titular do blog "O outro lado da Terra Santa (o Oriente Médio que você nunca viu)", abrigado na versão online do jornal O Globo, a carioca Renata Malkes manteve um outro blog, chamado "Balagan", que - ela mesma esclarece - significa "bagunça". Se você clicar aqui, verá que ela abandonou o blog, retirando de circulação todo o conteúdo postado. Mas, graças a uma engenhoca chamada Wayback Machine, todas as barbaridades que a jornalista escreveu de 2002 a 2007 ficaram arquivadas, para a sorte dos céticos (clique aqui para comprovar). Não queremos fazer a caveira de ninguém, mas os pobres leitores de O Globo e os que levam a Globonews a sério deveriam ter o direito de saber quem é a repórter escalada por eles para trazer as notícias e as análises daquela parte do mundo. Aqui, Renata Malkes exulta por ter seu blog reconhecido pelo jornal israelense Yediot Aharonot como um "warblog", ou seja, de divulgação da propaganda sionista. Aqui, ela ataca os palestinos, ridiculariza os árabes e, de quebra, esculhamba a virilidade dos brasileiros. Aqui, Renatinha destila baba sobre o MST, pelo apoio dos sem-terra à causa palestina. Aqui, diz que os árabes são mentirosos. Aqui, sobrou para a Venezuela; segundo ela, são "amigos dos brimos". E aqui, cara leitora, caro leitor, você verá Renata Malkes exultante por realizar seu sonho de ser aceita no Exército de Israel. Não sabemos se a jornalista da Globo participou de alguma missão militar. Mas, a julgar pelo perfil da moça, não temos dúvidas do que ela seria capaz de fazer com um fuzil Galil na mão. Você seria capaz de imaginar pessoa mais isenta para mostrar "o Oriente Médio como você nunca viu"?