
Para os profissionais de imprensa que estão na Faixa de Gaza, a palavra "bomba" já não tem apenas sentido figurativo
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Aviões israelenses bombardearam a torre Al-Johara, prédio de oito andares em Al-Rimal, na Cidade de Gaza. No edifício trabalham - ou trabalhavam - profissionais de mais de 20 veículos de comunicação. O equipamento de transmissão por satélite foi destruído e ao menos um jornalista ficou ferido. No último dia 6, o operador de câmara palestino Basel Faraj, que se encontrava em Gaza a serviço da ENTV - rede de TV da Argélia - e da Palestine Broadcast Production Company, não resistiu aos ferimentos provocados por um outro ataque aéreo das forças israelenses. Faraj é o segundo jornalista a morrer em Gaza - antes dele, o fotógrafo Hamza Shahin também perdeu sua vida por causas das bombas lançadas por Israel.
A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) divulgou comunicado condenando a ação e pedindo proteção para os profissionais de imprensa na Faixa de Gaza. De acordo com a entidade, as coordenadas do edifício foram entregues aos militares israelenses e ele estava identificado, por meio de luzes, como sendo abrigo de veículos de comunicação.