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terça-feira, 15 de maio de 2012

BOICOTE À DEMOCRACIA - GLOBO DIZ QUE NÃO EXIBIRÁ PROPAGANDA DO PT

Nossaa microcâmera escondida registrou
as entranhas do conglomerado mafiomidiático



Rede Globo informou em nota, nesta terça-feira, 15, a pretensão de não exibir as propagandas partidárias do PT previstas para entrar no ar nas próximas horas.  A concessionária de TV afirmou que cumpre “determinação da Justiça Eleitoral para que os partidos entreguem a documentação dos programas partidários com o prazo de 15 dias de antecedência a sua exibição”. O pedido do PT teria sido feito com seis dias de antecedência, o que embasaria a decisão da emissora de não veicular os programas.
Nas inserções a serem exibidas nas demais estações da capital paulista, Fernando Haddad aparecerá ao lado do ex-presidente Lula, em falas intercaladas. A presidenta Dilma Rousseff e o presidente do PT, Rui Falcão, também gravaram participações. O coordenador da campanha petista, Antonio Donato, afirmou que a veiculação era “uma questão de bom senso e de a Globo contribuir com a vida democrática do país”.
– Existe um direito de expressar uma mensagem partidária que foi garantido pela Justiça Eleitoral e por uma formalidade está sendo negado por uma emissora – afirmou o coordenador.
Segundo Donato, apenas a Globo mostrou resistência, e os programas devem ir ao ar nas demais emissoras abertas. O PT diz que não enviou a documentação a tempo porque a decisão que assegurou o direito às inserções foi tomada pela Justiça Eleitoral apenas na semana passada, já com o prazo estourado. O Tribunal Superior Eleitoral, no entanto, nega a versão petista e diz que a decisão da semana passada dizia respeito à propaganda de 2011.

Com tal atitude, os mafiosos da Vênus Platinada escancaram sua índole golpista e demonstram, de uma vez por todas, que são um verdadeiro cancro na vida brasileira.  

Com informações do Correio do Brasil e Sul 21.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

VEJA FINANCIOU CACHOEIRA






Depois de subir à tribuna da Câmara e dizer que a revista Veja é “o próprio crime organizado fazendo jornalismo”, o deputado federal Fernando Ferro (PT-PE) afirmou em entrevista à Rede Brasil Atual que o veículo de comunicação "fomentou, incentivou, financiou esses delinquentes a terem esse tipo de comportamento", referindo-se à rede ilegal de atuação do contraventor Carlinhos Cachoeira.
O deputado defendeu que os responsáveis pela revista prestem esclarecimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada para investigar a rede ilegal de atuação de Cachoeira e que sejam tratados como réus. Escutas feitas durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, mostraram conexões entre o grupo do contraventor e o diretor da sucursal de Brasília da publicação semanal, Policarpo Júnior. 
Este mês, Veja divulgou reportagem afirmando que a CPMI é uma "cortina de fumaça" criada pelo PT para desviar o foco do julgamento do mensalão, que será realizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A notícia levou Ferro a lamentar que a revista atue desta maneira.
Perguntado se a convocação de representantes do Grupo Abril não afetaria a liberdade de imprensa, Ferro afirmou que as atividades de Veja tem conexão o crime organizado, e não com o jornalismo. Para o parlamentar, o dono da Editora Abril, Roberto Civita, deve ser tratado como réu nessa investigação.

Confira abaixo a íntegra da entrevista com o deputado Fernando Ferro, um dos candidatos a integrar a CPMI do Cachoeira.

Por que levar um órgão de imprensa a uma CPMI?
Caberia ao órgão de imprensa trazer esclarecimentos sobre essa relação, o porquê de tantos telefonemas identificados na investigação da Polícia Federal.

Você falou em requerer a presença de Roberto Civita.
Independentemente de quem seja, o Civita ou não, os responsáveis pela Veja terão de responder sobre isso. 

Há uma relação da Veja com essas atividades ilegais?
É uma relação estranha, que tem laços de cumplicidade com esse submundo. Na verdade, isso vem lá de trás, em vários momentos. Essas denúncias espetaculosas da Veja, todas elas estão sendo lastreadas por esse processo de espionagem e arapongagem. Em termos de ética jornalística, isso é muito questionável. A Veja fomentou, incentivou, financiou esses delinquentes a terem esse tipo de comportamento.

Isso poderia colocar em risco a liberdade de imprensa?
A Veja tenta formar uma ideia de que nós estaríamos querendo restringir a liberdade de imprensa. Essa é uma medida esperta e calhorda dela de justificar a sua ação criminosa. Eles querem falar em nome de toda a imprensa, mas não é verdade, essa prática, esse estilo, é próprio da Veja. Ou seja, ela praticou ações criminosas e agora quer colocar o conjunto da imprensa no Brasil como vítima. Ela é ré, vai ter que trazer esclarecimentos à CPI.

Há quem defenda esse tipo de jornalismo a qualquer custo.
Essas ações da Veja têm tudo a ver com crime organizado, não com jornalismo.

Por que no Brasil há uma tendência de punir exclusivamente os políticos que estão envolvidos em atividades ilegais, sendo que por diversas ela possui muitos lados?
Há uma ação política e ideológica de incriminar um partido político, ou uma orientação, ou uma corrente política. Na verdade, não há uma preocupação com a informação, estão preocupados em incriminar alguém que está governando o país.

O senhor está falando da Veja, especificamente?
A Veja criou a figura do bandido colaborador, que é alguém que atende aos interesses dela, e o qual ela criou um nível de promiscuidade tão grande que você nem sabe quem é mais bandido. Na verdade, os dois são.

Em sua opinião, quem mais deve ser chamado para depôr na CPI?
A partir da investigação da Operação Monte Carlo, você tem os vínculos de articulação criminosa, de envolvimento entre os personagens dessa teia criminosa, então todos eles, tanto agentes públicos quanto privados, deverão ser chamados para prestar esclarecimentos.


sexta-feira, 16 de março de 2012

IMPRENSA GOLPISTA FAZ OPERAÇÃO CASADA EM SACOS DE LIXO




















A propósito da postagem A tiragem turbinada de Veja, assinada pelo Prof. DiAfonso e publicada no Blog do Nassif, registramos o flagrante enviado pelo nosso leitor Luiz Antonio Ferreira, capturado na “livraria de auto-ajuda” do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. 
Cena semelhante também foi registrada em São Paulo, pelas lentes do Wadilson Oliveira. Clique aqui para ver.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

TARSO GENRO DÁ UMA PITOMBA NO QUENGO DA COLUNISTA-ABELHA DE ZERO HORA


O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, enviou nota à colunista-abelha e editora de Política do tabloide venal Zero Hora, Rosane de Oliveira, contestando a patacoada intitulada “Quem te viu, quem te vê”, publicada nesta terça-feira, 31, na coluna Página 10, assinada pela dita cuja. A nota da melíflua jornalista tenta esculhambar o governo do Estado por “não divulgar os nomes dos 17 servidores  que figuram no relatório da comissão processante como possíveis envolvidos em irregularidades”.  No caso, a hiperglicêmica colunista faz referência ao Daer – Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem.

Eis a íntegra da nota de Tarso Genro:

“No editorial “Quem te viu, quem te vê”, publicado na página 10 de Zero Hora, é mencionada diretamente a postura do governo em relação à Comissão, determinada pelo próprio governo, que investigou irregularidades no DAER. Quero manifestar, em nome do governo do Estado, a nossa inconformidade com as acusações, que imputam ao governo o encobrimento de nomes.

Esclareço:


1) O próprio governo do Estado, através da Procuradoria Geral do Estado, é quem fez a investigação, por determinação direta do Governador;



2) O Governo não é contrário à divulgação dos nomes das pessoas eventualmente implicadas, mas entende que o órgão apropriado para fazer esta divulgação é o Ministério Público, que tem a responsabilidade da Ação Penal e o dever de aferir os resultados da investigação;



3) No texto estão misturadas as posições do PT com posições do Governo do Estado, como se outorgar ao MP a decisão de divulgar os nomes, fosse uma posição contrária do Governo contrária ao resultado da investigação;



4) O seu texto nega ao Estado um dever ético que é determinado pelo próprio Guia de Ética da RBS, que é uma instituição privada, e que está assim redigido:

“O mero registro policial ou a proposta de ação judicial não 
são elementos suficiente para a divulgação de nomes de suspeitos ou 
acusados, a menos que haja a devida contextualização para se 
compreender um fato de interesse público”.



5) É no mínimo curiosa a comparação com a comissão de sindicância que apontou as responsabilidades à época do Detran e a comissão processante que agora encerrou os seus trabalhos. Ocorre que a situação é diametralmente oposta.  Os apontamentos da PGE à época (2008) e a "divulgação dos nomes" se deram sete meses após a deflagração da chamada Operação Rodin, quatro meses após a conclusão de inquérito por parte da Polícia Federal e e em pleno curso de uma CPI que tratou sobre o tema.  Os nomes dos supostos envolvidos já
estavam amplamente publicizados, com o aval do Ministério Público Federal.  No caso atual, o Governo atuou na vanguarda das investigações, propiciando o ambiente institucional adequado para a realização do trabalho da comissão processante, bem diferente do que ocorreu em períodos anteriores;



6) Na verdade, as acusações ao governo, no editorial referido, partem do pressuposto que uma instituição privada tem o direito de não informar, quando entende que este é o seu dever ético, e que o Estado não deve obedecer aos mesmos pressupostos.



7) Finalmente, não faremos nenhuma objeção caso o Ministério Público decida divulgar os nomes. Pelo contrário, se a instituição verificar que há fundamento na investigação conduzida pelo Executivo, saudaremos a publiciazação de tudo o que foi apurado, inclusive os nomes.”

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

EXCLUSIVO! TODOS OS HOMENS DO QUASE PRESIDENTE

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Finalmente reveladas as entranhas de certas redações.
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Direção: Fábio Alencar, de Fortaleza, CE

sábado, 10 de dezembro de 2011

VIGARISTAS DA RBS USAM MINISTRO DO SUPREMO PARA LEGITIMAR FARSA DE UM "GUIA DE ÉTICA"


O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Ayres Britto, caiu como um patinho na armadilha preparada pelo Grupo RBS, o conglomerado mafiomidiático sulista cujo presidente é réu na Justiça Federal, acusado pelo Ministério Público de praticar crimes contra o sistema financeiro nacional. 
Na manhã de ontem, sexta-feira, 9, o magistrado participou, na casa dos elementos, de um espetáculo batizado de Painel RBS, com o propósito de lançar um tal  "Guia de Ética e Autorregulamentação Jornalística do Grupo RBS",  brochura que, segundo eles mesmos, apresenta "um conjunto de orientações para servir de referência aos profissionais da área editorial da empresa com o objetivo de assegurar ao público informação independente e transparente e pluralidade de opiniões"
Conhecido - e reconhecido - pelas suas posições em defesa da liberdade de expressão, sobretudo na internet, Ayres Britto teve algumas das falas de seu discurso convenientemente pinçadas para as reporcagens disseminadas pelos inúmeros veículos da corporação, entre elas “só o público tem o direito de controlar a informação” e "o interesse público é a plenitude da liberdade de imprensa".  Como  sabemos, esta não é a praia da RBS, conforme demonstra a postagem do blog RS Urgente, publicada ontem. "Todos os meios e espaços de comunicação exercem algum tipo de controle e seleção da informação. Menos a RBS, é claro, que se apresenta como expressão do interesse público e das cláusulas pétreas da Constituição. A mistificação ideológica cultivada diariamente por essa empresa está atingindo o nível do delírio", anotou Marco Weissheimer, titular do blog.
A equipe de consultores e especialistas em pilantragem deste Cloaca News já está mergulhada no documento, e promete, para as próximas horas, pulverizar cada uma das baboseiras impressas na cartilha dos mafiosos.  Mas, para não ficar a seco, deleite-se com este aperitivo, encontrado no item 4.1.9. do tal "Guia": 
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"A RBS não forja documentos para a realização de reportagem ou notícia."
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Que maravilha, heim! Imagine se forjasse... Pelo sim, pelo não, clique aqui para revirar um certo latão de lixo. Depois, clique aqui para saber por que este blog tem o nome que tem.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

ATENTADO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO: RBS CENSURA PASSAGEIRO DE BARCO QUE IA ELOGIAR TARSO GENRO

No último dia 28, durante a exibição do "Bom Dia Rio Grande" (até o nome do "telejornal" matutino tem dois erros grotescos), uma daquelas moças que seguram o microfone para fazer perguntas aos populares entrou ao vivo no meio de uma reporcagem a respeito da viagem inaugural do catamarã entre Porto Alegre e o município de Guaíba, sobre as águas do famoso estuário gaúcho. A ordem era encontrar alguém que elogiasse a paisagem descortinada durante a travessia.
A moça encontrou o cara. Até combinou com ele o que deveria ser dito. (Mas...bah, guria! Erraste até o nome do vivente?) Eis que o cidadão-navegante começa a falar. E, ajudado pela prenda do microfone, ele elogia a paisagem, de modo tão espontâneo e comovente, que resolveu, de última hora, agradecer ao governador Tarso Genro. Imediatamente, o diretor do programa berra no ouvido da moça para que ela interrompesse a fala do gaudério.
Conforme apuramos com um funcionário da camorra midiática sulista, os veículos do Grupo RBS estão orientados a publicar ou dizer o nome do petista apenas em situações negativas.
 
Clique no vídeo abaixo e comprove.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

domingo, 23 de outubro de 2011

ORGANIZAÇÃO MAFIOMIDIÁTICA DIRIGIDA POR SUPOSTO CRIMINOSO DO COLARINHO BRANCO CRIA EDITORIA DE BANDIDAGEM JORNALÍSTICA PARA ATACAR GOVERNO DO PT


Entre as inestimáveis contribuições do tabloide Zero Hora à história do jornalismo investigativo brasileiro, figura um caso exemplar, perpetrado na edição do dia 21/9/09 da gazetinha gaúcha. Para quem chegou agora ou para quem já esqueceu, a reporcagem de capa daquela data trazia espetaculares revelações sobre "as estratégias do MST", todas elas esteadas no conteúdo de um suposto caderninho escolar, "com 26 páginas escritas à mão", encontrado dentro de um latão de lixo no estacionamento do Incra, em Porto Alegre. A despeito de não existir o mínimo indício da autenticidade de tais anotações - e sequer de sua existência - , o operoso e paranormal "repórter investigativo" de ZH produziu duas páginas de gatafunhos baseado unicamente em sua malcheirosa "descoberta". Vale lembrar que o autor da "matéria", o suposto "jornalista investigativo" Humberto Trezzi, já possuía em seu laureado currículo uma vergonhosa carraspana pública pela prática de plágio, que submeteu seu empregador ao constrangimento de uma retratação.
É em nome dessa moral de fancaria que a laboriosa "abelha-rainha" Rosane de Oliveira, editora de Política do jornaleco e titular da afamada coluna Página 10 do mesmo diário, tenta infundir entre os desavisados leitores do jornalzinho que o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, eleito em primeiro turno, "ataca a imprensa", "ataca o jornalismo investigativo" e promove uma ignominiosa "pregação contra a mídia".


Esta mesma Sra. Oliveira, que atravessou o reinado de D.Yeda Crusius, A Louca, tentando desqualificar o trabalho de investigação do Ministério Público Federal nos milionários escândalos de corrupção do governo tucano, arroga-se agora o direito de desqualificar, distorcer, descontextualizar, manipular e mentir sobre uma conferência proferida pelo governador gaúcho em um "congresso sobre corrupção" promovido pelo MP na semana que passou. Para ler o discurso de Tarso Genro na íntegra e comprovar a natureza bandida da melíflua editora e colunista de ZH, clique aqui no Café & Aspirinas.
As digitais da indigitada jornalista são nítidas também no solene Editorial de Zero Hora publicado ontem, 22, em que a organização mafiomidiática manifesta seu “estarrecimento” pelo que chama de “ataque desfechado pelo governador Tarso Genro ao jornalismo investigativo”. O texto diz que o governador sustenta uma posição que “tende a interessar mais aos corruptos do que aos cidadãos”. A resposta do governador foi imediata, e pode ser conferida nesta postagem do portal Carta Maior.

Aguardamos, com toda a paciência do Rio Grande do Sul, do Brasil e do mundo, a manifestação do conglomerado, no mesmo nobre espaço - e, quem sabe, na coluna-bandida Página 10 -, sobre a ação penal que tramita na Justiça Federal contra o seu capo, Nelson Sirotsky, por crimes contra o sistema financeiro nacional, mais precisamente evasão de divisas e sonegação fiscal. Os compromissos com a ética e com a transparência da informação são valores tão caros ao grupo RBS que, a pedido dos advogados do réu, o processo desapareceu do site do TRF4 dois dias após este Cloaca News torná-lo público.

Enganar-se-ão, porém, aqueles que acharem que o poderoso chefão do império sulista de mídia é um suposto criminoso de primeira viagem. As falcatruas deste paladino da ética e da probidade remontam a 1996, em remessas bilionárias para o Milbank, Tweed Hadley & McLoy, DR, para Bowne of New York City e para a Bourse of Luxembourg, apenas como aperitivo. As informações são fruto de investigações do Ministério Público, e serão requentadas por este cafofo cibernético ao longo da semana. Voltaremos!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A ROTINA GOLPISTA DE UMA IMPRENSA VORAZ



Por Roni Chira, do blog O que será que me dá?

Difícil calcular a profundidade e os interesses financeiros ocultos neste iceberg da Copa do Mundo do qual só vemos a ponta. É coisa de bilhões (se não tri) de dólares.
Joâo Havelange e seu genro-herdeiro Ricardo Teixeira colocam os interesses da “famiglia Fifa” ACIMA dos interesses do Brasil. Querem vender bebida alcoólica dentro dos estádios – o que é proibido por lei. Não aceitam a meia-entrada para estudantes e idosos – o que é lei. Exigem que as autoridades brasileiras endureçam com os “falsificadores” de bandeiras, chapéu, chaveiro, adesivo, camiseta, boné etc, que contenham símbolos da Copa (tarefa tão impossível quanto acabar com os CDs piratas vendidos em qualquer esquina da país). Confesso que eu não sabia que TUDO que se relaciona à Copa paga royalties à Fifa pelo uso da marca (?!) “Copa do Mundo de Futebol” ou “Fifa WorldCup”.
Dilma disse não à ingerência em nossa soberania por parte da entidade dona do futebol mundial (que tem como sócia a Globo – dona do futebol brasileiro). Também mudou as regras das licitações do chamado PAC da Copa - o que acaba com a festa das empreiteiras – acostumadas a sobrefaturar e formar lobby.
Precisa dizer que a presidenta somou mais um punhado de inimigos ferrenhos aos tradicionais que o PT coleciona desde sua fundação?
Na mais rosada das hipóteses, querem enfraquecer a presidenta para que ceda e mude as leis brasileiras que mexem com sua contabilidade. Confesso também que não tinha ideia que a cada Copa, o país sede deve promulgar um conjunto de leis específicas para o evento.
A fatia brasileira das elites brancas – que passaram a ser chamadas mundialmente de “1%” (veja aqui) têm aquele velho rancor do PT pelas últimas 3 eleições perdidas. E como a sardinha da oposição está longe da brasa das grandes realizações há um bom tempo, conspiram para retirar Copa e Olimpíadas do país buscando desmoralizar o governo Dilma. Dane-se o Brasil que eles NÃO governam! “Passariam como um trator por cima da própria mãe” para conseguir que o PT não some mais estes trunfos às suas gestões. Mais uma vez seu braço direito – o PiG – faz o trabalho sujo de destruir reputações. O bombardeio acerta ministro mirando a presidenta. (Se até o ano da Copa, conseguirem o impedimento de Dilma, vão pagar promessa de joelhos pro resto da vida…).
Como não há leis que garantam o direito de resposta de suas vítimas, tornou-se hábito da Globo, Veja, Folha e Estadão atirar primeiro e perguntar depois. Em sua lógica invertida, todos que compõem o Governo Federal são e sempre serão culpados até provarem sua inocência. Por isso não é nenhuma novidade o que revelaram o ator José de Abreu e o jornalista Paulo Henrique Amorim sobre o ítalo-argentino Roberto Civita – presidente do grupo Abril – ter avisado o PT que vai derrubar Dilma. Desde 2003, a Abril e rede Globo viram sua fatia das verbas de publicidade institucional do Governo Federal minguarem acentuadamente. (Até FHC, o PiG e sua patota chafurdavam sozinhos nessa grana. Lula mandou distribuir a veiculação em 8 mil veículos de comunicação Brasil afora.)
Com o andar desta carruagem, já tem gente comparando o clima atual com aquele que precedeu o golpe de estado de 64. Verdade seja dita, existem cidadãos que desejam ardentemente que o exército tome o poder e expulse o governo eleito democraticamente. Não fazem ideia do que é viver sob uma ditadura. Mesmo que acontecimentos como a Primavera Árabe berrem aos seus olhos e ouvidos. Já testemunhei essa gente conspirando em 2006, quando Lula liderava com folga nas pesquisas do segundo turno. O mesmo aconteceu em 2010. Cheguei a receber e-mail convocando para assinar petição a ser encaminhada ao exército na qual se exigia o golpe. (Isso me lembra um filme chamado “A Casa dos Espíritos” – baseado no livro homônimo de Isabel Allende. Recomendo demais. Principalmente aos mais desavisados – que nem eram nascidos nas décadas de 60/70.)
Tempos modernos, país continental, finalmente respeitado pela comunidade internacional – não há espaço para golpe de estado no Brasil. Nas décadas de 60 e 70 não existiam os mecanismos de impeachment que temos hoje. Derrubavam-se governos na base da botina esmagando quem estivesse no caminho. Hoje, é possível dar um golpe de estado sem disparar um único tiro. O campo de batalha é a mídia. Por isso o PiG é o Partido da imprensa Golpista. Eles treinam este golpe há 10 anos. Mas o grande obstáculo é a ampla aprovação que Lula, e agora Dilma, receberam do povo. (Segundo o Ibope, Dilma tem aprovação de 71%). Enquanto sua popularidade não despencar, nada feito.
O circo armado contra o ministro dos esportes pode até derrubar. (Saberemos hoje – ou, mais tardar – depois que a Abril defecar sua revista nas bancas de jornal no próximo sábado.) Mas é preciso salientar que, neste caso, o objeti­vo principal foi desviar outro foco, infinitamente mais grave. Um fato que vai revelar a verdadeira face do governo paulista e colocar em risco suas pretensões para 2012: a denúncia do próprio colega da base de apoio de Alckmin, Roque Barbieri, sobre o mensalão que deve correr solto há 4 mandatos na Assembleia Legislativa de São Paulo. Matéria mil vezes mais explosiva. Envolve 30% dos parlamentares em torno do maior orçamento da união. Entre eles, Bruno Covas, neto do Mário, fundador do PSDB. Sonho de cobertura investigativa de qualquer jornalista do planeta. Menos destes, que trabalham no esgoto das redações do PiG.
Mineira da gema que é, Dilma deve cozinhar a Fifa e impor a nossa soberania. Ou seja, quebrar a patente, “abrasileirar” a Copa. Proteger os direitos do cidadão, assegurados por lei, e o Estado de Direito, assegurado pela Constituição.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

FOLHA: “A GENTE SÓ APOIAVA E FINANCIAVA A DITADURA”


O que a falácia da ditabranda revela

Por Marco Aurélio Weissheimer, da Carta Maior

Em um editorial publicado no dia 17 de fevereiro de 2009, o jornal Folha de S. Paulo utilizou a expressão “ditabranda” para se referir à ditadura que governou o Brasil entre 1964 e 1985. Na opinião do jornal, que apoiou o golpe militar de 1964 que derrubou o governo constitucional de João Goulart, a ditadura brasileira teria sido “mais branda” e “menos violenta” que outros regimes similares na América Latina.
Como já se sabe, a Folha não foi original na escolha do termo. Em setembro de 1983, o general Augusto Pinochet, em resposta às críticas dirigidas à ditadura militar chilena, afirmou: “Esta nunca foi uma ditadura, senhores, é uma dictablanda”. Mas o tema central aqui não diz respeito à originalidade. O uso do termo pelo jornal envolve uma falácia nada inocente. Uma falácia que revela muita coisa sobre as causas e consequências do golpe militar de 1964 e sobre o momento vivido pela América Latina.
É importante lembrar em que contexto o termo foi utilizado pela Folha. Intitulado “Limites a Chávez”, o editorial criticava o que considerava ser um “endurecimento do governo de Hugo Chávez na Venezuela”. A escolha da ditadura brasileira para fazer a comparação com o governo de Chávez revela, por um lado, a escassa inteligência do editorialista. Para o ponto que ele queria sustentar, tal comparação não era necessária e muito menos adequada. Tanto é que pouca gente lembra que o editorial era dirigido contra Chávez, mas todo mundo lembra da “ditabranda”.
A falta de inteligência, neste caso, parece andar de mãos dadas com uma falsa consciência culpada que tenta esconder e/ou justificar pecados do passado. Para a Folha, a ditadura brasileira foi uma “ditabranda” porque teria preservado “formas controladas de disputa política e acesso à Justiça”, o que não estaria ocorrendo na Venezuela. Mas essa falta de inteligência talvez seja apenas uma cortina de fumaça.
O editorial não menciona quais seriam as “formas controladas de disputa política e acesso à Justiça” da ditadura militar brasileira, mas considera-as mais democráticas que o governo Chávez que, em uma década, realizou 15 eleições no país, incluindo aí um referendo revogatório que poderia ter custado o mandato ao presidente venezuelano. Ao fazer essa comparação e a escolha pela ditadura brasileira, a Folha está apenas atualizando as razões pelas quais apoiou, junto com a imensa maioria da imprensa brasileira, o golpe militar contra o governo constitucional de João Goulart.
Está dizendo, entre outras coisas, que, caso um determinado governo implementar um certo tipo de políticas, justifica-se interromper a democracia e adotar “formas controladas de disputa política e acesso à Justiça”. A escolha do termo “ditabranda”, portanto, não é acidental e tampouco um descuido. Trata-se de uma profissão de fé ideológica.
Há uma cortina de véus que tentam esconder o caráter intencional dessa escolha. Um desses véus apresenta-se sob a forma de uma falácia, a que afirma que a nossa ditadura não teria sido tão violenta quanto outras na América Latina. O núcleo duro dessa falácia consiste em dissociar a ditadura brasileira das ditaduras em outros países do continente e do contexto histórico da época, como se elas não mantivessem relação entre si, como se não integrassem um mesmo golpe desferido contra a democracia em toda a região.
O golpe militar de 1964 e a ditadura militar brasileira alimentaram política e materialmente uma série de outras ditaduras na América Latina. As democracias chilena e uruguaia caíram em 1973. A argentina em 1976. Os golpes foram se sucedendo na região, com o apoio político e logístico dos EUA e do Brasil. Documentos sobre a Operação Condor fornecem vastas evidências dessa relação.
Recordando. A Operação Condor é o nome dado à ação coordenada dos serviços de inteligência das ditaduras militares na América do Sul, iniciada em 1975, com o objetivo de prender, torturar e matar militantes de esquerda no Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e Bolívia.
O pretexto era o argumento clássico da Guerra Fria: "deter o avanço do comunismo internacional". Auxiliados técnica, política e financeiramente por oficiais do Exército dos Estados Unidos, os militares sul-americanos passaram a agir de forma integrada, trocando informações sobre opositores considerados perigosos e executando ações de prisão e/ou extermínio. A operação deixou cerca de 30 mil mortos e desaparecidos na Argentina, entre 3 mil e 7 mil no Chile e mais de 200 no Uruguai, além de outros milhares de prisioneiros e torturados em todo o continente.
Na contabilidade macabra de mortos e desaparecidos, o Brasil registrou um número menor de vítimas durante a ditadura militar, comparado com o que aconteceu nos outros países da região. No entanto, documento secretos divulgados recentemente no Paraguai e nos EUA mostraram que os militares brasileiros tiveram participação ativa na organização da repressão em outros países, como, por exemplo, na montagem do serviço secreto chileno, a Dina. Esses documentos mostram que oficiais do hoje extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) ministraram cursos de técnicas de interrogatório e tortura para militares chilenos.
Em uma entrevista ao jornal O Estado de São Paulo (30/12/2007), o general Agnaldo Del Nero Augusto admitiu que o Exército brasileiro prendeu militantes montoneros e de outras organizações de esquerda latino-americanas e os entregou aos militares argentinos. “A gente não matava. Prendia e entregava. Não há crime nisso”, justificou na época o general. Humildade dele. Além de prender e entregar, os militares brasileiros também torturavam e treinavam oficiais de outros países a torturar. Em um dos documentos divulgados no Paraguai, um militar brasileiro diz a Pinochet para enviar pessoas para se formarem em repressão no Brasil, em um centro de tortura localizado em Manaus.
Durante a ditadura, o Brasil sustentou política e materialmente governos que torturaram e assassinaram milhares de pessoas. Esconder essa conexão é fundamental para a Folha afirmar a suposta existência de uma “ditabranda” no Brasil. A ditadura brasileira não teve nada de branda. Ao contrário, ela foi um elemento articulador, política e logisticamente, de outros regimes autoritários alinhados com os EUA durante a guerra fria. O editorial da Folha faz eco às palavras do general Del Nero: “a gente só apoiava e financiava a ditadura; não há crime nisso”.
Não é coincidência, pois, que o mesmo jornal faça oposição ferrenha aos governos latino-americanos que, a partir do início dos anos 2000, levaram o continente para outros rumos. Governos eleitos no Brasil, na Venezuela, na Bolívia, na Argentina, no Paraguai e no Uruguai passam a ser alvos de uma sistemática oposição midiática que, muitas vezes, substitui a própria oposição partidária.
A Folha acha a ditadura branda porque, no fundo, subordina a continuidade e o avanço da democracia a seus interesses particulares e a uma agenda ideológica particular, a saber, a da sacralização do lucro e do mercado privado. Uma grande parcela do empresariado brasileiro achou o mesmo em 64 e apoiou o golpe. Querer diminuir ou relativizar a crueldade e o caráter criminoso do que aconteceu no Brasil naquele período tem um duplo objetivo: esconder e mascarar a responsabilidade pelas escolhas feitas, e lembrar que a lógica que embalou o golpe segue viva na sociedade, com um discurso remodelado, mas pronto entrar em ação, caso a democracia torne-se demasiadamente democrática.

sábado, 12 de março de 2011

REPÓRTER-TODDYNHO ENTALA COM CANUDINHO


Não é de hoje que a organização mafiomidiática Folha de S. Paulo mantém em Brasília um setorista-mirim plantado na saída do Palácio do Planalto. Sua missão: produzir futricadas diárias contra o governo federal, desde que este seja do PT.
O gargajola, em passado recente, notabilizou-se por uma reporcagem que atribuía à recem-eleita presidenta Dilma Rousseff a contratação de uma “cabeleireira” para o governo de transição que se instalara. Naquela ocasião, fizemos barba, cabelo e bigode com a jactanciosa mentira engendrada pelo párvulo. Foi da lavra do mesmo empertigado frangainho, registre-se, a cobertura da entrevista coletiva concedida pelo então presidente Lula a um grupo de blogueiros, em novembro último. O titular deste Cloaca News, que integrava a comitiva, foi abordado na marquise do Planalto pelo guri, encontro que produziu o substancioso diálogo que você poderá recuperar aqui.
Eis que a grande promessa da Imprensa planetária para o século XXI nos brinda neste 11/3 com a ribombante informação estampada no Portal da Ditabranda: o governo federal – que escândalo! – vai gastar cerca de 43 mil reais em canudos de papelão. “O Planalto decidiu enviar 12.000 fotos da presidente "para todo o Brasil" que irão substituir as fotos do ex-presidente Lula em repartições públicas”, explicou o estrênuo caçador de notícias. Repare que “para todo o Brasil” está entre aspas, uma provável senha para sinalizar que ele sabe mais que o que está relatando. Talvez os petistas planejem enviar a foto oficial de Dilma também para as nossas representações diplomáticas no exterior – falcatrua na certa!
Sete parágrafos e exatos 1019 caracteres depois, ficamos sabendo que “não existe qualquer legislação que determine que um quadro com a foto da presidente deva ser pendurado nas salas de funcionários públicos”.
Tadinho do repórter, que não conseguiu encontrar na internet copioso artigo publicado em 30/6/1999, pela – perdão! – revista Veja, sobre o “novo” retrato oficial de – perdão de novo! –  Fernando Henrique Cardoso. Vai ver, na época ele ainda estava na fase do Nestogeno Plus.
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Foto: Zeza/Café & Aspirinas

domingo, 30 de janeiro de 2011

MÍDIA E CORRUPÇÃO


Por Roni Chira, do blog O que será que me dá

Corromper ou subornar são verbos tão antigos como a própria história da humanidade. No Brasil, vão desde aquela singela cervejinha para o guarda de trânsito – mais conhecida como o “jeitinho brasileiro” – até o que Chico Buarque expressou genialmente em “Vai Passar”:

Dormia a nossa Pátria mãe
tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações

Os mecanismos de “subtração” aos quais Chico se referia florescem muito mais onde não há democracia, direitos humanos e justiça social. No Brasil, ganharam maior consistência nos bastidores da ditadura militar, onde a classe política foi imobilizada após o fechamento do congresso pelo AI-5 em 1968. Num cenário destes, qualquer “favorzinho” era negociado na base de propina. Do segundo escalão para baixo do governo militar, a corrupção corria solta enquanto a “Pátria mãe dormia”.
Muita gente usou deste recurso, muitas empresas cresceram quando tiveram “visão de mercado” aliando-se aos governos militares de forma pragmática. Falha e Globo são exemplos clássicos disso.
Quando recebeu das mãos dos militares a concessão pública para operar em território nacional, a Globo era associada ilegalmente ao grupo americano Time-Life. Significa que, além de darem suporte logístico e até militar aos generais (frota marítima americana estacionada na costa brasileira pronta para qualquer intervenção que se fizesse necessária para garantir a “normalidade da ordem golpista”), os americanos também atuaram na outra ponta do esquema. Para sustentar-se, o governo militar precisava ter voz e apoio na mídia. Isso é fundamental em qualquer golpe (até o surgimento da Internet). Assim, associados à Time-Life, que injetou o capital necessário, os militares e o jornalista Roberto Marinho vitaminaram o grupo Globo – jornal e TV - para tornarem-se a potência que são hoje. As diretrizes básicas: alinhamento e subordinação total do país aos interesses americanos na região.
Devemos lembrar que, naquela época, os monopólios midiáticos ainda estavam engatinhando no Brasil. A Record – que era a vanguarda da TV brasileira – possuía uma única emissora e um auditório com estúdio na Rua da Consolação. Silvio Santos começava a engatinhar com seu Baú e o horário “nobre” da Globo era um pastelão de luta livre que apresentava Ted Boy Marino – o “galã” da emissora. Havia um enorme espaço a ser ocupado para quem incorporasse a ideologia de subserviência aos EUA. A Falha era um jornaleco provinciano. Ofereceu-se como uma prostituta barata à ditadura. O Estadão representava a ultradireita 100% nacionalista.
No ambiente de 64 e nos anos que se seguiram, os caminhos eram estreitos: hipocrisia ou clandestinidade. No prisma da hipocrisia formaram-se políticos como Maluf e Serra. Um lambeu muita botina de milico até adquirir “maioridade” e caminhar com as próprias pernas, recebendo verbas públicas através do voto popular. “Roubou mas fez” – como dizem os paulistas “espertos” que o fazem campeão de votos em cada eleição que participa. O outro chutou a UNE para o alto e deu no pé quando sentiu o cheiro de botina de milico. Só retornou para lamber os sapatos da elite paulista e, através dela e de sua imprensa, conseguir eleger-se a cargos públicos.
O exemplo mais grave de corrupção no Brasil deu-se no final do primeiro mandato de FHC: a compra de votos parlamentares para aprovar a emenda constitucional que garantiria a reeleição do presidente. Foi um golpe de estado do colarinho branco. E, mais uma vez, precisava da mídia. Ou melhor, de sua omissão. O PIG não fez cerimônia: tratou o caso como um mexerico que não merecia mais do que algumas notas de rodapé em seus jornais. Há transgressão maior do que corromper para obter mais um mandato?
Já em 2005, as doações ao caixa dois do PT – que foram usadas para o financiamento de campanhas de diversos parlamentares e envolveram TODOS os partidos – foram um banquete para o PIG. A partir da denúncia de Roberto Jefferson (que embolsou R$ 4 milhões) armou-se um circo “nunca antes visto neste país”. Em seu embalo golpista, a imprensa amplificou e batizou o esquema de Mensalão. Plantou a idéia de que as verbas do esquema eram roubadas dos cofres públicos através de um labirinto de factoides e personagens emaranhados em intermináveis conexões. E essa percepção continua a ser alimentada ou, para se dizer o mínimo, nunca foi contestada. Até hoje não foi provado que o tal Mensalão era um procedimento mensal. Muito menos que utilizava verbas públicas. Rendeu a cabeça de José Dirceu, e quase derrubou Lula. José Dirceu, aliás, não renunciou para garantir elegibilidade, como a maioria dos acusados fez na época. Preferiu submeter-se à cassação e perder seus direitos políticos convicto de que, mais tarde, provaria sua inocência. A conferir.
Enquanto FHC e os que o antecederam controlavam a mídia e a Polícia Federal, engavetando denúncias e processos de diversas falcatruas que “subtraiam a Pátria”, Lula fez o oposto: deu total autonomia à PF e não impediu nenhuma CPI. Isso gerou números bem contrastantes (veja aqui). E o PIG tratou de configurar estes números como uma avalanche de corrupção orquestrada pelo PT. Colou? Além de colar fácil nas cabeças preconceituosas que não admitiam um operário ser presidente, também criou uma legião de cães raivosos empesteando a sociedade com palavras de ordem fascistas.
O episódio do Mensalão ainda aguarda julgamento para ser passado a limpo. É uma dívida que a justiça e o PT têm com a sociedade brasileira. E a imprensa corrupta e golpista? Continuará impune até quando?