terça-feira, 18 de novembro de 2008

PRESSÃO DE PROFESSORES GAÚCHOS SOBRE DEPUTADOS SURTE PRIMEIROS EFEITOS

Na manhã desta terça-feira, 18, acompanhados de mais de 100 professores de diversas regiões do Rio Grande do Sul, o Comando Estadual de Greve, do CPERS/Sindicato, foi recebido por um grupo de deputados no plenarinho do Palácio Farroupilha. Entre outras coisas, a presidente do CPERS, Rejane de Oliveira, colheu assinaturas para uma Carta de Intenções, em que os signatários comprometem-se a NÃO votar o Projeto de Lei enviado pela governadora Yeda Crusius que, a pretexto de fixar um piso salarial de R$ 950 para o magistério, congela salários e joga no lixo o Plano de Carreira. A deputada Marisa Formolo (PT), presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, execrou o projeto tucano e manifestou-se, também, pela derrubada da ADIN que contesta o Piso Nacional do Magistério, no STF. A deputada Stela Farias (PT), que também é professora, assinou a carta e pediu a retirada do projeto, além de sugerir ao movimento que faça uma campanha de sensibilização entre todos os deputados. Os deputados Elvino Bohn Gass e Dionilso Marcon (PT) aproveitaram para tocar na questão do escândalo dos pedágios no Estado, acrescentando que é falso o argumento de “ajuste fiscal” exibido pelo governo tucano para cortar o salário dos servidores. Representando o PSB, o deputado Heitor Schuch assinou a carta do CPERS e mostrou-se solidário à luta do magistério gaúcho. Já o deputado Gilberto Capoani (PMDB) recusou-se a assinar o documento, mas ressaltou que não concorda com a votação de um projeto dessa natureza sem a devida discussão com a sociedade. Apesar de pertencer à bancada governista, Capoani chegou a ser aplaudido pela sua disposição de alinhar-se às reinvidicações do magistério. Também presente ao encontro, o deputado Raul Pont (PT) disse acreditar que o “mais seguro” seria derrotar o projeto por maioria de votos em plenário. E sugeriu que os professores atuem no sentido de arrancar dos demais membros do legislativo o compromisso de não analisar a matéria até o próximo ano. Acuado diante da forte mobilização dos professores em todo o Estado, o governo Yeda mandou retirar da Assembléia Legislativa o caráter “de urgência” de seu projeto de piso estadual. Mas ele continua lá. A greve seguirá até ele seja defitivamente sepultado. E, de acordo com o Comando, a adesão à paralisação atingiu 90% dos professores em todo o Estado.

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