O site Consultor Jurídico
(Conjur) publicou nesta sexta-feira, 4, mais um press release distribuído pelos advogados da Rede Globo, informando
sobre o processo judicial movido por Ali Kamel, diretor da emissora, contra o
responsável por este Cloaca News. O texto, republicado acriticamente pelos
veículos da máfia midiática brasileira, noticiou a decisão de um grupo de
desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro de confirmar a
sentença proferida por uma juíza da 25ª Vara Cível carioca, que condenou este
blogueiro a indenizar o alto funcionário da corporação em dezenas de milhares
de reais.
No melhor estilo Joaquim Barbosa,
os magistrados da primeira e segunda instâncias do Rio de Janeiro ignoraram os fatos,
deram de costas às provas e aceitaram, como cordeiros, as alegações inverídicas
– mentirosas mesmo – apresentadas pelos rábulas escalados pela Globo para
tentar intimidar e calar este blogueiro.
A ação movida por Ali Kamel e
seus 40 advogados partiu de uma premissa escandalosamente falsa – que este
Cloaca News “espalhou o boato de que o diretor de Jornalismo da TV Globo
protagonizou um filme pornô”, nos anos 80.
A VERDADE – No dia 16/8/2009,
este blog publicou um vídeo com excertos da obra cinematográfica Solar das
Taras Proibidas, de 1984. Nos minutos iniciais da película, dedicados à
apresentação do grandioso elenco, o nome do ator Ali Kamel encabeça o cast masculino do filme. Como se pode
observar na postagem, não há alusão alguma ao funcionário da TV Globo, homônimo
do artista. E, como se vê nos créditos iniciais da obra, o nome do ator é o
nome do ator.
A bizarrice, no entanto, está na
primeira sentença condenatória, que levou em consideração uma ficha catalográfica do site Cinemateca Brasileira, em que o ator Ali Kamel é
apresentado, erroneamente, como Alex Kamel. Este dado – falso, como demonstrado
pelo filme em si – foi apresentado pelos 40 advogados da Globo apenas na tréplica aos argumentos da defesa, não
sendo oferecido ao réu o direito de rebater e desmascarar a falsidade.
Agora, ao ratificar bovinamente a
aloprada sentença de primeiro grau, a chamada egrégia corte fluminense dá
sinais de que existem, sim, magistrados caseiros. Pode isso, Arnaldo?
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